Da redação: nossas escolhas em 2022!

ANMTV / Divulgação

É chegado mais um fim de ano onde, com a finalização dele, vem também toda aquela atmosfera de retrospectiva, reflexão e recomeço que se apodera de cada um de nós e instiga a pensar sobre o que mais de significativo passou pelos nossos olhos durante esses últimos 365 dias. Pois é com essa energia que nós, da equipe do ANMTV, nos reunimos mais um ano, em um post especial de retrospectiva para indicar nossos destaques do ano de 2022. Preparados ?


Caio Eduardo

(@Undead_Shiin)

Mais um ano chegando ao final, e agora olhamos para trás, a medida que a nostalgia por 2022 começa a existir. Tentamos ter uma visão desse ano como um todo, contando seus altos e baixos, enquanto esperamos que 2023 seja um ano melhor para todos. Mas bem, vamos relembrar os pontos altos desse ano, já que… nossa, teve um monte de coisa boa saindo para todos os tipos de nerds por ai; então aqui vai a listinha de coisas que eu consumi, que deixaram o meu 2022 melhor, e que eu espero que ajude você a começar o seu 2023 com o pé direito.

Kamen Rider Black Sun

Toei / Ishimori Productions / Divulgação

Eu não podia começar com outra, essa foi a minha série favorita do ano e chegou como um grande soco na cara em muita gente. Black Sun vem com a ideia de reimaginar alguns dos conceitos da série Kamen Rider Black (1987), trazendo de volta Kotaho e Nobuhiko, mas com uma roupagem mais atual, mais realista, um tanto violenta e tratando de problemas e discussões contemporâneas se aliando a trama dos mutantes gafanhotos.

Resumir Black Sun é difícil, essa série tem muitas camadas e abre muitas discussões, mas indo pelo básico: Você acompanha Aoi Izumi, uma jovem ativista em prol dos direitos dos Kaijins, que acaba se tornando alvo do governo, mais precisamente, do partido Gorgom; agora junto à Kotaho Minami (Black Sun) ela deve desvendar a conspiração que está por trás de tudo isso.

E já aviso, essa sinopse não faz jus a série, é difícil resumir algo que tem tantas histórias, plot twists e reviravoltas a cada capitulo, o que deixa você vidrado para assistir ao próximo e te deixar boquiaberto com o final. Então vá de mente aberta, todos os episódios estão disponíveis na Amazon Prime Video e, só deixando claro, você NÃO precisa ter visto a série original, esta história é nova e se sustenta sem qualquer conhecimento prévio, seja da série de 1987 ou da franquia Kamen Rider no geral.

Pacificador (Peacemaker)

Warner Bros. / Divulgação

Quem diria que um personagem C da DC Comics iria ter a minha serie de herói favorita do ano. Após uma presença hilária em O Esquadrão Suicida, John Cena veste novamente o elmo do maior patriota de todos os tempos, agora pronto para defender o mundo de uma invasão alienígena, não importa quantos homens, mulheres ou crianças ele tenha que tirar a vida no processo.

James Gunn acerta em cheio no roteiro e comédia transformando estes personagens, outra hora jogadas de lado pela Detective Comics, em alguns dos novos favoritos dos fãs (sim Vigilante, estou falando de você!); a comédia é de rachar qualquer um, mas não tira espaço para um bom drama e um desenvolvimento bem verdadeiro dos personagens envolvidos ali; tudo isso embalado com uma trilha sonora mais do que perfeita, que elevam cada momento dessa série em níveis astronômicos.

Se você está ainda em dúvidas se o futuro da DC nos cinemas está ou não em boas mãos, veja Pacificador (disponível na HBO Max) para ter certeza que James Gunn é mais do que o nome certo para o trabalho.

Ousama Ranking

Wit Studio / Divulgação

Neste anime acompanhamos a história de Bojji, um frágil e jovem príncipe surdo, que mesmo sendo filho do gigante Rei Bosse, não é levado a sério por ninguém. Sua vida muda quando ele conhece Kage, uma sombra falante que devido à bondade de Bojji, decide ajudar ele a se tornar o rei que ele sempre sonhou em ser.

O ponto alto do anime é a relação de Bojji e Kage, a maneira como um vai afetando o outro. Bojji crescendo como guerreiro, e Kage sendo tocado pela bondade do menino, que mesmo sem conseguir falar, tem ideias tão grandes quanto o seu coração, que é gigantesco.

Mas não se deixe enganar pela escolha artística deste anime ou pela sinopse fofinha, isso aqui é uma história nível Game Of Thrones, cheia de reviravoltas e traições a um nível shakespeariano. Uma história excelente, com personagens que vão evoluindo e são vivos a trama, com uma produção que não fica para atrás de outros grandes títulos que saíram este ano como Chainsaw Man; tudo envolto com tanto foreshadowing, artifício usado para mostrar o que ainda irá acontecer em pequenos detalhes na trama, que até as aberturas te dão spoilers de coisas que viram a história de ponta cabeça e que você só vai saber no final da série.

Ousama Ranking está disponível pela Crunchyroll, com o titulo de Ranking Of Kings.

Além disso, outras coisas que tiveram a minha atenção esse ano foram:

  • Fuuto PI – Uma continuação que faz jus a história original, com uma excelente dublagem.
  • Sonic 2 – Melhor filme de herói do ano, uma continuação que supera o original em todos os quesitos.
  • Dogengers: High School – Mako foi uma das melhores protagonistas deste ano para mim, viva a samurai coelha vermelha.
  • Konjiki no Gash Bell 2 – A continuação que esquentou o meu coração, e me trouxe de volta personagens tão amados.
  • Kamen Rider Geats – A raposa pistoleira no Battle Royale foi uma grata surpresa, ainda mais pelas suas cenas de ação de tirar o fôlego.
  • Boochi The Rock! – Uma obra hilária e muito fofa que você assiste sorrindo o tempo todo.
  • Shin Ultraman – Uma carta de amor de Hiadeaki Anno a franquia Ultra.
  • Pop Team Epic Season 2 – O anime que transcendeu a tudo e todos, eu adoraria assistir uma serie inteira do Endless Love.
  • Avataro Sentai Donbrothers – A série já feita de todos os tempos.

Diego Regis

(@Saintsiger) (@regis_x)

2022 foi um ano com algumas produções bem interessantes, tivemos séries inovadoras e que mostraram um novo mundo de possibilidades, animes que ganharam vida e novos filmes que fizeram com que ficássemos encantados no cinema ou mesmo em casa através do streaming. Foram muitas as atrações que eu tive o prazer de acompanhar durante o ano, contudo, creio que estas daqui são as que mais me marcaram positivamente.

Heartstopper

Netflix / Divulgação

Então, esta é uma série adolescente que narra o primeiro amor de um jovem estudante do Ensino Médio, algo bem simples e que já vimos diversas vezes. Porém, em Heartstopper este jovem estudante é um garoto gay que se apaixona pelo cara novo e descolado da escola e a forma como esse amor vai ganhando vida é uma das coisas mais lindas que eu já tive o prazer de acompanhar. Um amor puro que nasce de um sentimento ainda mais belo que é a amizade, o jeito como eles vão lidando consigo próprios antes de lidarem um com o outro foi algo muito inspirador. Essa é uma série que eu iria amar poder assistir enquanto crescia, de toda forma, foi ótimo ver mesmo depois de adulto. Chorei muito no final de temporada e, sem dúvidas, foi a produção que mais teve impacto na minha vida em 2022. Leia nossa análise aqui.

Lobisomem na Noite (Werewolf by Night)

Marvel Studios / Divulgação

Primeiro especial da Marvel Studios, além de ser a primeira produção do gênero terror do estúdio! Lobisomem na Noite me surpreendeu de uma forma muito positiva, como se trata de um filme curto, eles não perderam tempo criando uma história de origem. Jack Russel já é o Lobisomem e sabe muito bem disso, os demais seres da noite da Marvel – como o Homem-Coisa – também já habitam este mundo do MCU, só que estavam escondidos.

O especial homenageou obras clássicas do cinema e mostrou cenas brutais para o padrão Marvel até então, com toda certeza, esta produção ter sido planejada em preto e branco ajudou na permanência destas cenas. Outra coisa que me chamou a atenção: o Lobisomem não é herói, ele é apenas um monstro e nada mais, pelo menos até então. Não há controle de Jack sobre sua forma lobo, apenas sede de sangue. Outra adição ao MCU foi da maravilhosa Caçadora de Monstros Elsa Bloodstone! Precisamos de mais Elsa no futuro Marvel, por favor!

Leia nossa análise aqui.

Dragon Ball Super: Super Herói (Dragon Ball Super: Super Hero)

Toei Animation / Divulgação

Dragon Ball é o meu anime shounen favorito, cresci assistindo, cantando as músicas, imitando o Kame-Hame-Ha e levantando os braços para ajudar o Goku a realizar a Genki Dama, então quando um novo filme da franquia chegou aos cinemas, eu tive que ir assistir. Este longa não é uma obra-prima e nem inventou a roda, mas ele foi muito divertido de acompanhar, foram horas muito bem usadas e a energia na sala de cinema foi algo inigualável, os gritos com a transformação do Gohan e a salva de palmas no final foi algo memorável. É nisso que dá reunir um bando de nerd no cinema rs.

O longa foca no Gohan e no Piccolo em uma missão para salvar a pequena Pan, filha do Gohan, que havia sido raptada pela Força Red Ribbon que resolveu voltar a construir novos androides. Enquanto isso, Goku estava treinando no planeta do Sr. Bills junto com Vegeta e Brolly e nem imaginavam o que estava se passando na Terra. Este maior desenvolvimento no Gohan e no Piccolo foi algo muito bem vindo, deu um novo gás a franquia e mostrou que seus personagens secundários podem muito bem segurar a onda de um longa metragem se forem bem utilizados.

Além destes três, outras produções que me fizeram sorrir em 2022 foram:

  • Doutor Estranho no Multiverso da Loucura – Charlize Theron, muito bem vinda ao MCU!
  • The Batman – E não é que o Roberto mandou bem como o Cavaleiro das Trevas?
  • The Sandman – Já estava preparado para atacar a Netflix se ela não tivesse renovado essa série.
  • A Mulher-Rei – Viola Davis sempre perfeita.
  • Pacificador – James Gunn merece um prêmio por isso aqui!
  • The Boys – Herogasm, hein??
  • Alice in Borderland – Segunda temporada ainda mais empolgante que a primeira!
  • Sasaki and Miyano – Heartstopper versão anime, aquele final também me emocionou.
  • Sakura Card Captors: Clear Card – sim, só comecei a ver esse ano e estou amando!

Edmar Filho

(@Ed_AS_Filho) (@ed_no_insta)

2022 não foi só um ano onde felizmente a pandemia, que comprometeu a experiência de viver de seus antecessores, perdeu força e influência como também foi um ano de muitas conquistas pessoais para mim enquanto ser humano. Além do crescimento pessoal, posso dizer que mais um ano foi muito bem vivido graças em parte a inúmeras promessas de entrega de grandes produções nas mais variadas mídias que felizmente foram cumpridas e, aqui e agora, vou abordar algumas das que me foram mais marcantes.

Teenage Mutant Ninja Turtles – Shredder’s Revenge

Tribute Games / Dotemu / Divulgação

Apesar de trazer uma narrativa básica que remete bastante não só ao clássico Turtles In Time como a episódios da icônica primeira série animada produzida entre as décadas de 80 e 90, Shredder’s Revenge é sem dúvida um jogo obrigatório não só para fãs das Tartarugas Ninja como para amantes de jogos no estilo Beat Em’Up (vulgo Briga de Rua).

Trazer para participar da pancadaria urbana junto ao quarteto liderado por Leonardo a repórter April O’Neil, o justiceiro Casey Jones e o próprio Mestre Splinter foi, sem dúvidas, um dos melhores artifícios trazidos pela Dotemu para chamar a atenção de jogadores, levando a desenvolvedora francesa a mais uma vez acertar com maestria a revitalização de um estilo de jogabilidade que vinha perdendo força desde a transição dos videogames do estilo 2D para o 3D.

A minha expectativa com esse jogo estava tão alta a cada novo trailer de gameplay e anúncio, que assim que tive contato com as primeiras análises e reviews positivas sobre ele não pensei duas vezes na hora de adquiri-lo, mesmo pagando o preço cheio. Turtles In Time era um dos jogos que fizeram parte da minha infância gamer, e saber que um novo jogo das tartarugas estava sendo produzido, seguindo a velha fórmula e aproveitando o que as plataformas modernas tinham a oferecer para tornar a experiência ainda melhor, instantaneamente me encheu de alegria e acredito que eu com certeza não fui o único a perceber a coisa dessa maneira, por conta disso, essa recomendação não poderia faltar aqui com o devido destaque.

Saga Prisioneiro dos Sonhos (Julius Corentin Acquefacques)

Delcourt / Comix Zone / Divulgação

Um obscuro quadrinho europeu publicado em 6 encadernados na França no início dos anos 90 e que até 2022 era um ilustre desconhecido para inúmeros leitores brasileiros. Talvez essa seria uma primeira definição apropriada para a saga Prisioneiro dos Sonhos, que aqui no Brasil só viu a luz do dia em 2022 graças à proposta da editora Comix Zone de revelar ao público brasileiro o brilhantismo de inúmeros artistas da 9ª arte fora dos gêneros mangá e super herói que há décadas foram ignorados por aqui.

No enredo da obra, o público é apresentado ao cotidiano do protagonista Julius Corentin Acquefacques, um funcionário público aparentemente comum que trabalha para um misterioso órgão chamado Ministério do Humor, e que aos poucos se vê envolto em uma narrativa onde descobre que cada passo de seu futuro está escrito em páginas de quadrinhos que o levam a sempre repetir aquilo que viveu durante a história contida em cada volume de forma cíclica.

Até o momento apenas os dois primeiros volumes foram publicados em território nacional, sendo eles respectivamente A Origem e O Processo. No entanto, cabe aqui destacar que embora cada edição seja parte de uma saga, os dois primeiros exemplares publicados no Brasil podem ser lidos de forma independente e sem maiores dificuldades de compreensão do que a HQ deseja transmitir.

Falar sobre as particularidades que cada volume da saga Prisioneiro dos Sonhos traz consigo sem estragar a experiência e a surpresa que alguém que entre em contato com a obra pela primeira vez possa ter é um tanto quanto difícil mesmo com as palavras exatas, mas o que faz essa série de HQs tão especial e única é sobretudo a forma como o autor usa de métodos até então jamais imaginados que apenas a mídia quadrinho seria capaz de proporcionar para trazer uma história intrigante, que consegue se mostrar inteligente sem soar pedante ou desnecessariamente complexa ao se destacar não só por sua premissa excêntrica, que traz uma forte inspiração na literatura estabelecida pelo escritor Franz Kafka, como por sua proposta inovadora de transmitir ao leitor a narrativa que se propõe.

Para se ter uma ideia, em um dos volumes uma página tem um corte central em um de seus quadros onde o quadro de uma das páginas que o sucedem cabe tanto na compreensão de texto da página recortada quanto na que originalmente está, enquanto em outro uma página é cortada inteira em espiral para transmitir a sensação experimentada pelo protagonista durante um dos desdobramentos que ocorrem na história central do quadrinho.

Talvez eu tenha me estendido um pouco mais do que deveria ao comentar sobre essa obra que foi uma de minhas favoritas em 2022, mas o que reforço aqui é: se você se interessa por quadrinhos e deseja ler algo “fora da caixinha” contemplando peculiaridades que só esse tipo de produção é capaz de proporcionar, os dois volumes de Prisioneiro dos Sonhos publicados no Brasil são obras que valem muito a pena de se ter na estante.

Cuphead – A Série (The Cuphead Show)

Netflix / Studio MDHR / Divulgação

Embora o jogo de Cuphead possa atrair uma parcela significativa do público leigo à primeira vista por seu visual de personagens e cenários de desenho animado dos anos 30, definitivamente poucos serão os jogadores que prosseguirão até o final das aventuras de Xicrinho e Caneco em razão, não só da alta, como também crescente curva de dificuldade, o que não quer dizer que não possam apreciar a franquia de outro modo não é verdade?

Talvez pensando nisso a série animada baseada no jogo foi produzida, o que acaba sendo uma forma bastante conveniente de não só apresentar os personagens a gente que esteja menos disposta a passar raiva no grande boss rush que é o jogo original como também a mostrar como ainda é possível fazer desenhos animados “tão bons quanto os de antigamente”.

Se por um lado personagens como o Gato Félix já não está tão presente no imaginário popular e Pica Pau não impacta tanto o público como antes, a série animada de Cuphead aproveita essa lacuna e traz uma animação descompromissada e divertida que, sem dúvida, encheria grandes mestres do segmento, como Tex Avery, de orgulho se o mesmo ainda estivesse vivo para conferi-la.

Além das indicadas, outras produções que animaram muito meu 2022 e que eu também particularmente indico foram:

  • Yofukashi No Uta (Call of The Night) – Melhor anime para ver e rever em madrugadas onde bate a insônia.
  • Kamen Rider Black Sun – O reboot que os fãs aguardavam fez jus à expectativa e ainda foi além.
  • Deedlit In Wonder Labyrinth – Metrodivania que funciona como uma ótima porta de entrada ao universo de Record of Lodoss.
  • Bleach: Thousand Year Blood-War – Bleach voltou, e voltou com tudo!
  • Dragon Quest – The Adventure of Dai – Requentando indicação do fim do ano passado porque só esse ano o anime terminou.
  • Sonic Prime – Forte candidata a melhor animação do ouriço azul de todos os tempos.
  • Cavaleiro da Lua – Uma série da Marvel que apresenta o personagem a um novo público de forma bastante interessante.
  • Turma da Mônica: Lições – O filme de Sessão da Tarde que me fez ir às lágrimas na sala de cinema com as lições que passa.
  • Marsupilami: Hoobadventure – Se lembra desse carinha e gosta de jogos na pegada de Donkey Kong Country? Esse é pra você.

Erick Ferreira

(@oerickmesmo)

Se a TV já foi inferior ao cinema em termos de qualidade de produção, já não me lembro. 2022 foi, sem dúvida alguma, um dos melhores anos para conteúdos para TV. Não apenas em termos de tecnologia e efeitos visuais, como provou a estonteante O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder, mas também no âmbito de roteiro, com séries como The White Lotus e Andor. A seguir, coloco algumas impressões sobre minhas produções favoritas de 2022 – coincidência ou não, todas obras televisivas.

O Urso (The Bear)

FX / Divulgação

O Urso chegou sem nenhum alarde e só descobri a série por um comentário aleatório no Twitter algumas semanas antes de estrear no Brasil. A trama acompanha Carmen (Jeremy Allen White), o chefe de cozinha do maior restaurante do mundo que abandona tudo para cuidar de uma lanchonete herdada do irmão. A partir daí, vemos seus esforços para fazer o negócio funcionar.

Atuações impecáveis, elenco entrosado, roteiro ágil, cheio de drama e comédia, personagens maravilhosamente e consistentemente bem escritos… Tudo isso fez com que essa tenha sido minha série favorita do ano.

O Urso tem até o momento uma temporada de 8 episódios e está disponível no catalogo do Star+.

Ruptura (Severance)

Apple TV+ / Divulgação

A temática das relações de trabalho não é inédita em produções televisivas, mas não me lembro de terem sido tratadas de forma tão original quanto em Ruptura.

Em Ruptura, acompanhamos um grupo de pessoas que passaram por um procedimento por meio do qual suas vidas são divididas em duas, a pessoal e a do trabalho. A possibilidade parece interessante, não é mesmo? Pelo menos até você perceber que a vida do trabalho torna-se um mero escravo da vida pessoal, sem direito a qualquer escolha que não seja continuar a gastar cada segundo de sua miserável existência trabalhando.

Ruptura é uma ficção científica com temas relevantes, com uma estética única e com um enredo que te faz ficar na ponta do sofá ao final de cada episódio. Os 9 episódios da primeira temporada estão disponíveis na Apple TV+.


Lindemberg Santos

(@leequerubim) (@prof_lindemberg)

Esse ano também foi marcado por muitas adaptações entre jogos, filmes, séries, histórias em quadrinhos, livros e animações. Uma verdadeira evolução onde as artes prevaleceram intensamente produtivas e posteriormente apresentáveis ao fã que pôde ampliar suas opções de imersão. Além destas histórias, nós registramos aqui a maneira como algumas delas nos foram apresentadas. Veja:

Adão Negro (Black Adam)

Warner Bros. / Divulgação

Dos cinemas para o streaming, essa adaptação das histórias em quadrinhos da DC Comics revelou a capacidade de Dwayne Jhonson, o The Rock, de interpretar um personagem com superpoderes como o Adão Negro. Quase como se o próprio ator resgatasse todas as suas vivências no WWE, seja como lutador ou jogador, adequando suas coreografias para encenar intensamente nesse filme que, junto com toda a repercussão nas mídias, segurou o expectador até a cena pós créditos, encarando o Superman de Henry Cavill e deixando no ar o desejo de uma sequência ou mesmo servindo de referência para outras produções correlatas.

Entre Facas e Segredos (Knives Out)

Netflix / Divulgação

A produção dirigida por Rian Johnson em homenagem aos contos investigativos de Anne Rice, conta a história de Harlan Thrombey, um renomado escritor de contos policiais que perde a vida aos 85 anos e deixa um rastro surreal que revela a causa e aponta o culpado deste crime a ser desvendado por Benoit Blanc, interpretado por Daniel Craig, que começa aparecendo em segundo plano mas vai assumindo um protagonismo que Sherlock Holmes aplaudiria.

Como tudo que é bom, tem continuidade, Benoit Blanc assume outro caso em Glass Union: Um Mistério Knives Out, mais ansioso do que nunca em continuar suas investigações. Ambos os títulos estão disponíveis na Netflix.

A Lenda do Tesouro Perdido: No Limiar da História (National Treasure: The Edge of History)

Disney / Divulgação

Com 4 de 10 episódios disponíveis dessa temporada, e sem precisão de continuidade, essa série é uma continuação dos filmes com o mesmo título. Tendo o personagem Agente Sadusky (Harvey Keitel) em comum, ele cativa a protagonista Jess (Lisette Olivera) a caçar um tesouro protegido por Maçons ao passo em que seu pai e as guardiãs anteriores, representantes dos povos Incas, Astecas e Maias, se perderam ao longo do tempo. Nem a Graceland de Elvis Presley escapa dessa busca de grande valor, inclusive cultural.

Outras obras que eu assisti ou que ainda assisto, são:

  • Kingdom – Ainda estou na 2ª temporada, cheio de estratégias de batalha.
  • Gigolô Americano – Filme e série que finalizei, confundindo Richard Gere com Jon Bernthal.
  • Yellowstone –  Também na 2ª temporada e repleto de cavalices.
  • Terra dos Sonhos (Slumerland) – Jason Momoa e seu personagem psicodélico Flip.

Matheus Sousa

Resumir o ano de 2022 não é tarefa fácil, definitivamente; me entristece saber as crianças que terão de estudar esse período conturbado do Brasil e do mundo nos livros de história. Mas cá estamos nós, mais um final de ano, novas conquistas e objetivos certamente foram atingidos, e tantos outros ainda estão por vir. O que o futuro nos reserva? Viver é uma dádiva!

(@Mattheds)

God of War – Ragnarok 

Sony / PlayStation / Divulgação

Após uma experiência primorosa com o jogo de 2018, minhas expectativas em torno de sua sequência lançada no final deste ano eram as melhores possíveis. Nunca fui um fã tão assíduo da franquia, admito, mas minha imersão praticamente inicial feita há quatro anos me deixaram empolgado como não me lembro ter ficado recentemente. E que banho de água fria. Talvez um dos problemas de se esperar demais seja exatamente esse, a entrega dificilmente será correspondida, ou, todos estão errados em elogiar e eu sou único certo em criticar (contém ironia). É claro que comparado a outros títulos da série, a progressão narrativa é incomparável, a evolução de Kratos e todos os outros personagens, mas se torna tão cansativo quando as mesmas mecânicas e objetivos são replicados diversas e diversas vezes. Por muitas, precisei parar e fazer qualquer outra coisa. Faltou um “A” a mais.

Stray

Sony / PlayStation / Divulgação

Partindo de um que prometia muito e não entregou quase nada, embarco naquele que não prometia nada e entregou tudo. Stray é cativante e deliciosamente divertido de ponta a ponta. É impossível não simpatizar com o gatinho perdido e se envolver com os mistérios que rodeiam aquele lugar. A mecânica é bem simples, afinal, não se pode esperar muito num jogo onde você é apenas um gatinho não é mesmo? E, cá entre nós, que vontade deu de reencarnar num gato por pelo menos um dia e desbravar as coisas por ai… (na minha sorte gastaria metade das sete vidas, mas valeria a pena). É aquela opção de jogo que você não espera encontrar nada demais, e talvez até tenha razão, mas quem foi que disse não ser mais do que suficiente?

Given: A Existência do Outro Lado

Shinshokan / Lerche / Divulgação

Num ano tão turbulento e cheio de agressões por motivos adversos, embarcar nos universos imaginários de filmes e séries que amamos é tudo o que precisamos para ter um bom dia no final das contas, ou esboçar aquele sorriso descontraído que você acreditava ter perdido. O OAD Given – A Existência do Outro Lado me foi este o caso. O especial é uma adaptação de trechos do mangá que não foram animados para o filme e anime, acompanhando momentos mais particulares de Uenoyama e Mafuyu e o que será deles a partir de agora. Fanfics à flor da pele para o que pode ter acontecido no quarto estão permitidas. (E me deem logo uma segunda temporada!!).

Heartstopper

Netflix / Divulgação

E se estamos falando daquilo que nos transborda paz e transporta para um mundo, que por alguns minutos, é perfeito, é claro que não poderia faltar a série Heartstopper. Não vou mentir que até demorei para ver, mesmo tendo acompanhado produções similares quase que no mesmo momento de lançamento, não sei, alguma coisa me fazia relutar. Por sorte não peguei nenhum spoiler e a experiência foi bastante agradável, sendo uma série que foge muito fora da curva, afinal de contas, estamos acostumados em qualquer narrativa LGBTQIA+ a ver personagens sofrendo pedras, separações e qualquer gatilho para que você, do outro lado, fique com um aperto no coração, e talvez deixe até de acreditar no amor. Os personagens evoluem bem à sua medida, e por mais que existam muitas facilitações no roteiro, são coisas irrelevantes dada toda a mensagem em sua totalidade. Parafraseando Isabela Boscov, “já fui triste, agora quero ser feliz”.

The Batman

Warner Bros. / Divulgação

Logo no começo do ano, fomos contemplados com um dos melhores filmes de super-heróis dos últimos anos (sim, aceite), em um estilo visual virtuoso e pegada que até então não havíamos visto para o Cavaleiro das Trevas. The Batman é só a ponta do iceberg para um universo tão rico em desenvolvimento por Matt Reeves, e se seguir conforme vimos aqui, meu amigo, o futuro será enriquecedor.

Cult of the Lamb

Massive Monster / Devolver Digital / Divulgação

Assim como Stray, um jogo indie que eu não esperava absolutamente nada (até porque dias antes de jogar nem se quer havia ouvido falar). Com uma mecânica simples que se associa bastante a outros jogos (sendo você o responsável por cuidar de sua “seita”) e fazê-la com que prospere conforme os dias forem passando, recrutando e educando seguidores e se aventurando por dungeons e encarando os mais diversos desafios pela frente. Torna-se uma opção para todas as horas e, com certeza, você nem verá as horas passarem.


Sam SZM

(@szmsamuel)

2022, mais um ano que se passa e vai chegando ao fim, tivemos a volta de coisas aguardadas há tempos. Me emocionei com produções que achei que não iria, me decepcionei com altas expectativas e me surpreendi com obras que criei pouco hype. Além disso, também tivemos velhas franquias com novos capítulos, reafirmando ainda mais o quanto sou fã das mesmas. Nesta lista, eu coloquei apenas obras lançadas em 2022 ou continuações.

Elvis

Warner Bros. / Divulgação

Uma das coisas que mais consumi neste ano foi o cinema, mais do que em qualquer outro ano da minha vida, perdi as contas de quantos filmes assisti.

E, destes filmes que vi no cinema, o meu favorito foi Elvis. O longa é uma cinebiografia da vida do rei do rock, seguindo a carreira do astro desde o começo até o final, passando também por seu passado e amor pela música, suas raízes no Soul e Jazz. Contando todas as passagens e mudanças do astro e trazendo as principais partes de sua carreira como a época no exército e os shows em Las Vegas.

A história é contada pelo Coronel Tom Parker, interpretado por Tom Hanks, empresário que descobriu o astro e que distorce a história a seu favor conforme vai contando os fatos, que destoam um pouco dos verdadeiros acontecimentos da vida do rei do rock.

O filme funciona muito bem do começo ao fim, tendo cenas icônicas da carreira do Elvis que tem como pontos altos a cenografia e a trilha sonora que é incrível, fazendo um jogo perfeito com as cenas e, além disso, a atuação de Austin Butler como Elvis Presley. Eu vi o filme com a minha mãe, que é a maior fã que conheço do artista, e ela falou que estava igual! Para mim, não existe uma confirmação maior que esta e realmente a atuação e caracterização dele estão um primor e dignas de um Oscar, eu diria.

Bleach: Thousand Year Blood-War

Viz Media / Shueisha / Divulgação

Finalmente, depois de anos, a tão aguardada sequência do anime está entre nós e valeu a pena a espera. A saga que conta a guerra entre os Quincy e os Shinigamis e que finaliza a obra original. O primeiro episódio foi perfeito e cheio de nostalgia, recapitulando a história de anos atrás.

Eu sou um grande fã de Bleach, grande mesmo, tanto que até possuo uma tatuagem, sendo um dos meus animes favoritos com certeza e, finalmente poder ver o final animado, trouxe uma sensação muito boa! Me senti um adolescente novamente, nem piscando ao assistir e aguardando semanalmente o próximo lançamento.

A animação está incrível, dá para ver que foi empregado muito esforço, tempo e dinheiro na obra e está fiel ao mangá, o que já sabemos que tem os seus problemas vistos mais para o final. Temos uma ótima abertura, como sempre tivemos no anime, e tudo o que define Bleach, realmente valeu a espera, mesmo demorando demais talvez, mas ano que vem já tem mais e isto é mais um alento.

O único problema é que devido as questões de direito a obra não chegou oficialmente ao Brasil ainda, devendo chegar apenas no próximo ano, contudo, agora com o anime original todo dublado, o que é um ponto positivo.

Marvel Snap

Marvel / Nuverse / Second Dinner / Divulgação

Minha editora favorita é a Marvel e meu estilo de jogo favorito é o cardgame, você junta os 2 e facilmente temos algo que eu obviamente vou gostar, mas o pior é que não foi bem assim, pelo menos no começo. Como consumidor de ambos, já tinha conhecimento do jogo antes de ser lançado e a gameplay no início não me apeteceu muito, tanto que não joguei logo que foi lançado, mas com o tempo acabei me rendendo.

Marvel Snap é um cardgame rápido e dinâmico para celulares e PC, cujo o jogador monta decks de 12 cartas, sem nenhuma repetida e tem como objetivo vencer 2 dos 3 espaços existentes no tabuleiro, cada espaço tem 4 lugares e se torna uma das localizações icônicas da Marvel ao decorrer do jogo, que possui seus próprios efeitos, o jogo acaba no sexto turno e vence o jogador que tiver mais poder em 2 dos 3 espaços, caso 1 deles empate, vence quem tiver mais poder no geral.

Um diferencial do jogo é a montagem dos decks e o sistema para conseguir cartas. Atualmente, ele possui um sistema de criação de cartas mas você consegue cartas, itens e cosméticos conforme vai subindo seu nível de colecionador, sendo assim existe uma grande variedades de decks pois os jogadores não possuem a mesma coleção.

O jogo foi lançado no final deste ano, ganhando o prêmio de melhor game mobile, pelo Game Awards. Sendo publicado pela Nuverse e desenvolvido pela Second Dinner, o jogo é um verdadeiro acerto do Ben Brode.

Menções honrosas:

  • Cavaleiro da Lua: Melhor série da Marvel no ano e uma das melhores no geral, Oscar Isaac está incrível!
  • She-Hulk: Gostei muito da comédia e da quebra da 4a parede.
  • Pantera Negra- Wakanda Para Sempre: Me emocionei igual uma criança.
  • DC Liga dos Superpets: divertida e surpreendente animação.
  • Pokémon Scarlet/Violet: sou fã, quero service! Mas o jogo está bom mesmo, trazendo várias mudanças de gráfico e jogabilidade para os games lineares da franquia.
  • Mob Psycho 100: Fino senhores! Elite, isso aqui é elite.
  • Sonic 2: Maior e melhor que o 1º, expandindo o universo e com Jim Carrey sendo novamente o ponto alto.
  • Jurassic World – Domínio: A vida sempre encontra um jeito. E dessa vez cheio de nostalgia.
  • Departamento de Conspirações Parte 2: E se as conspirações fossem reais? a segunda temporada desta animação sagaz chegou ainda melhor esse ano, tem até o Keanu Reeves!
  • My Hero Academia: Nova temporada contando uma das melhores sagas e um mangá incrível ainda em lançamento, meu favorito atualmente.

Williams Gomes

(@williamsgomes_) (@thewilliamsgomes)

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (Everything, Everywhere All at Once)

AGBO / Ley Line Entertainment / IAC / Year of the Rat / A24

Começando com um dos melhores filmes do primeiro semestre de 2022, Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, conseguiu, muito modestamente, galgar seu lugar no coração de público e crítica ao mostrar uma lição de amor, esperança e resiliência, no que seria a mais bela confusão cinematográfica dos últimos tempos. Com temas que vão do multiverso, relações familiares, escolhas da vida a até relações LGBTQIAP+ como pano de fundo, o longa de Daniel Kwan e Daniel Scheinert ( ou simplesmente “os Daniels”) mostra como uma produção sem orçamentos milionários pode ser bem feita e ainda exalta, no meio do processo, a larga potência artística e forjada ao longo dos anos da veterana Michelle Yeoh (que entrega em seu protagonismo, de cenas dramáticas a momentos super cômicos com excelência e muita pancadaria) resgata ainda nomes memoráveis como Ke Huy Quan (The Goonies) e de quebra, traz presenças estelares como Jamie Lee Curtis (Halloween) e Harry Shum Jr. (Glee).  Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo é caótico mas muito bem trabalhado, frenético mas também gentil e delicado e bastante eficiente em arrancar os mais diversos sentimentos de seu público. Definitivamente uma obra que não passará batida em nenhuma realidade.

Não, Não Olhe (Nope)

Universal Pictures / Divulgação.

Seguindo na vibe ficção científica, Não, Não Olhe é aquela obra que muitos esperaram ansiosamente para conferir em 2022. E apesar de não ser considerada um dos títulos mais fortes do diretor Jordan Peele, quando comparada a seus dois longas antecessores, é indiscutível a potência que o filme possui em contar sua narrativa e deixar seu público em um completo breu, sem imaginar o que de fato o aguarda em sua viagem pela história dos irmãos Haywood e a entidade misteriosa que os espreita silenciosamente.

Jujutsu Kaisen 0

MAPPA / Divulgação

A adaptação do mangá homônimo que conta a história que antecede os acontecimentos da temporada de estreia de Jujutsu Kaisen não poderia faltar nesta lista. Depois de um tempinho órfão do anime, revisitar o universo de Jujutsu com alguns rostos conhecidos e outros novos, foi, no mínimo, bastante revigorante. Sem mencionar que toda a jornada envolvendo o protagonista Yuta é minimamente interessante e bem incrementada com a presença das já conhecidas criaturas sobrenaturais e as ótimas animações das cenas de batalha. Uma ótima oportunidade para quem ainda não conhece a série e tem preguiça de começar episódio por episódio.

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A equipe do ANMTV deseja a todos os nosso leitores boas festas e um excelente 2023.