Análise: Lobisomem na Noite é o primeiro projeto de terror do Marvel Studios?

Marvel Studios / Reprodução

A Marvel Studios liberou na última sexta-feira (7) seu primeiro especial do Disney+: Lobisomem na Noite (Werewolf by Night), e que prometeu ser a primeira produção voltado ao horror do estúdio, mas ele realmente entrega o que se espera? De fato com um certo flerte ao tom e gore sem ser explícito, podemos dizer que cumpre o que promete.

A história não se trata de uma origem, o Lobisomem já existe e seu alter-ego, Jack Russel (Gael Garcia Bernal), já possui conhecimento de sua maldição. Isso é algo interessante, pois no início deste mini filme é mostrado uma imagem dos Vingadores e nos é dito que estes são os heróis da luz, aqueles que o mundo possuem conhecimento. No entanto, existem criaturas que se escondem nas sombras e quem lida com estes seres são os caçadores.

Com esta informação, fica subentendido que não há necessidade de mostrar uma origem para o Lobisomem, o mundo só não tinha conhecimento de sua existência por este ser uma criatura das sombras, escondida e longe dos olhares da sociedade.

Marvel Studios/ Divulgação

Com um tempo de duração curto, a história é coesa e direta, funcionando como um episódio de algo maior. Basicamente, a única explicação dada sobre o que está ocorrendo é sobre o local em que se situa: a Mansão Bloodstone. O patriarca da família – Ulysses Bloodstone – veio a óbito e, por conta disso, um torneio deve ser realizado. O prêmio é a Pedra de Sangue, um objeto místico que enfraquece os monstros e ajuda a derrotá-los.

Este objeto é passado de geração em geração, mas sua filha Elsa Bloodstone (Laura Donelly) deixou a mansão anos atrás, perdendo seu direito sobre a pedra. Então, vários caçadores, considerados os melhores dos melhores, foram convidados para participarem desta pequena disputa com o objetivo de se tornarem o novo portador ou portadora da pedra. Elsa resolveu participar, sendo de longe a melhor deste seleto grupo.

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Elsa funciona como uma Johanna Constantine da Marvel sendo impetuosa; forte; dona de si e que não leva desaforo para casa. Claro que ela retornaria para pegar aquilo que é seu por direito e não irá permitir que ninguém fique em seu caminho, nem mesmo sua madrasta por quem ela tem uma clara antipatia. Jack também resolve participar deste torneio, mas seu objetivo é outro e envolve um terceiro personagem bastante importante dos quadrinhos da Marvel. Personagem este que é o objeto de caça dos participantes.

Mas e o Lobisomem? Bem, ele fica guardado apenas para a segunda metade do especial e é o responsável por trazer o horror para a tela. Não ache que ele será um herói, ele é um monstro e age como tal. Ouso dizer que muitas das cenas presentes nesta metade só foram aprovadas pela Disney por estarem em preto e branco.

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Lobisomem na Noite flerta com o terror, mas permanece sendo algo familiar, mas não creio que uma criança irá assistir esta produção e não sentirá medo, principalmente quando a criatura aparecer, contudo para o público mais velho, é algo leve e de puro entretenimento, e não que isso seja ruim, longe disso!

A história te prende e lhe deixa curioso para saber o que virá a seguir, tanto em sua trama quanto no futuro do MCU, certamente um excelente trabalho do diretor Michael Giacchino, que soube conduzir muito bem a história e introduziu este universo sombrio de forma sublime. Ah, ele também foi o responsável por compor a trilha sonora.

No entanto é um pouco triste que este especial não possua uma cena pós-crédito ou a famosa frase “O Lobisomem retornará“, mas com  certeza veremos estes personagens novamente em algum momento no futuro. Para quem esteja interessado na ordem cronológica, segundo o próprio Disney+, Lobisomem na Noite se passa após os eventos da série do Gavião Arqueiro.

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*.