Depois das partes 1 e 2, falaremos da entrada de Marc du Pontavice na animação e de como a série animada de Highlander deu surgimento à Gaumont Multimédia, conforme relatado por Marc em seu livro autobiográfico, Destin animé (Destino Animado), lançado pela Slatkine & Cie em 2022.
Depois de conduzir o navio em sua aventura na série de Highlander na Gaumont Television, Marc finalmente entra na indústria de animação francesa no início de 1993. Em março daquele ano, ele solicita uma reunião com Patrice Ledoux, que era o diretor-geral da Gaumont. Patrice vinha da música e foi notado em 1984 por Nicolas Seydoux, dono da Gaumont, ao produzir o filme de ópera francês-italiano Carmen, dirigido por Francesco Rosi, e foi imediatamente contratado para substituir Daniel Toscan du Plantier, cujas loucuras levaram o estúdio ao brejo. A recuperação foi feita de uma forma incrível, onde ele trouxe diretores jovens para o estábulo da empresa, como Jean-Jacques Beineix, Jean-Marie Poiré e Luc Besson, e teve a inteligência de não tocar no território de outra personalidade da casa, o produtor Alain Poiré, que era mais louco que o último. Ele estava na Gaumont há quase 40 anos, onde produziu os maiores sucessos do estúdio e era o único produtor na França que assinava filmes com as seguintes palavras: “uma produção da Gaumont International.”
Naquele tempo, Alain estava em idade avançada, mas continuava tendo um talento excepcional. Patrice, portanto, vinha acertando as contas da casa aos poucos e devolvendo-lhe a vontade de crescer. Ele é formidável e admirável ao mesmo tempo, onde ele não é um garoto bolado e não tem a extravagância de Toscan. Numa profissão onde todo o poder é usado para ostentar, a sua discrição e a sua quase anulação face ao exterior impressionam Marc. Ele não precisava fazer muito, sabia que a sua posição à frente do estúdio o tornava essencial e contava com o apoio de seu acionista.
Patrice desenvolveu um certo carinho por Marc, onde ele o viu nele muito cedo e identificou o papel que Marc du Pontavice desempenhava na Gaumont Television. Patrice Ledoux estava muito bem-disposto com o próprio Marc. Em poucas palavras, ele explica que o futuro da Gaumont Television já não entusiasma ele próprio e vinha informá-lo de que provavelmente procuraria outro lugar. Ele esperava que Patrice sugerisse que assuma outro cargo na Gaumont e que aproximasse Pontavice ao cinema. Ele não perdeu nenhuma das suas ambições iniciais e parecia que era o momento de testar a pertinência do raciocínio que o levou ele a escolher a Gaumont. Mas Patrice não se dá ao trabalho de pensar e dá uma resposta inesperada a Marc.
Ele sai de lá meio decepcionado e perplexo, onde não consegue o que esperava. Mas Patrice lhe oferece um tipo de folha em branco, que era lisonjeiro. Ele acredita na capacidade empreendedora de Marc e, se tiver sucesso, ele terá a sua própria divisão na Gaumont. Marc, que tinha completado 30 anos em janeiro daquele ano, ainda precisava encontrar uma ideia. E se ele pensasse na animação? As circunstâncias que desencadearam o desejo ainda hoje permanecem obscuras, as razões que são mais profundas se tornaram mais claras a Marc ao passar do tempo, apesar de tardiamente. Ele, que, curiosamente, não fazia esta pergunta a ele próprio há muitos anos; quando ele foi questionado, atribuiu essa escolha a inclinações pessoais e particularmente ao gosto dele, que jamais vacilou pelo material pictórico. Marc não sabia desenhar e era muito deficiente neste lado, com dificuldade de se projetar. Mesmo assim, o gesto gráfico, a construção de uma moldura e a alquimia das cores sempre o atraíam. Marc capta nesta arte um poder imaginário pelo qual ele se sente melhor, em que para ele há uma correspondência óbvia entre a pintura e a poesia, onde se desenham mundos paralelos e alternativos onde a força magnética é muito maior que a do mundo real.
No entanto, a explicação permanecia um pouco curta, porque se levava ao pictórico e não era suficiente para explicar a propensão de Marc para a animação propriamente dita. Durante os anos e por um certo ponto até hoje, trabalhar com a animação, especialmente na TV, não é uma escolha nobre. Primeiro, raramente encontram atores que continuam a inspirar esta profissão e, depois, ainda continuam a revitalizar a tal profissão, que visa principalmente o público infantil. No início da década de 1990, quase ninguém conhecia o lendário Hayao Miyazaki e, tanto para o público em geral quanto para a profissão, o único desenho digno desse nome era a Disney. O resto eram cópias pálidas. Mas afinal, de onde vinha essa inclinação?
Marc du Pontavice, que infelizmente foi mal amado quando criança, sofreu abuso de sua mãe médica que a espancou violentamente regularmente. Ela às vezes trancava ele no armário e muitas vezes punia e separava Marc das brincadeiras de seus irmãos. O casamento de seus pais, Emmanuel e Anne, foi um grande fracasso desde o início, porque sua mãe era homossexual; sabendo disso desde a adolescência, ela se entregou a esses prazeres na juventude, mas desde que se casou com o pai de Marc em 1957, o casamento reprimiu sua inclinação que esconde de todos, inclusive do próprio marido, que não entende a rejeição a que está sujeito. A frustração de sua mãe é a causa deste sofrimento e, por uma razão que ele nunca compreenderá completamente, era ele que ela escolhia para fazer sua violência. Isso perduraria por muitos anos em silêncio de todos aqueles que a conheciam. Naquela época, as aparências importavam muito mais do que qualquer outra coisa, não se divorciavam e não falavam daquelas coisas, mesmo quando os vizinhos faziam reclamações dos gritos de Marc para a polícia.
Assim como todas as crianças que foram abusadas e maltratadas por pais violentos, nunca ocorreu a ele que não merecesse o que aconteceu com ele próprio. Levaram anos e o amor de sua esposa Alix fez Marc du Pontavice finalmente reconhecer que ele não teve nada a ver com isso, que a mãe dele foi a única responsável pela violência dela contra a Marc. Demoraria ainda mais para ele tornar inteligível sua relação com a animação, para entender o que era justamente o que desqualificava esta arte aos olhos do mundo que a atraía: conversar com as crianças, ou melhor, fazer as crianças rirem. Essa compreensão era graças ao seu filho Ivan, onde em um restaurante ele questionou constantemente ao seu pai Marc para entender essa escolha. Marc acabou confessando o que começou a ver; a animação foi o caminho que escolheu para reparar o que ele sofreu, ou neste caso, oferecer para as crianças aquilo de que ele foi privado, o riso e o descuido.
Ele apresentou esta proposta a Patrice Ledoux, onde não só a acolheu, como também a apoiou com entusiasmo, assim como Christian Charret, pois ele foi acordado que Marc deve desenvolver esta nova atividade dentro da Gaumont Television. Ele podia contar com a experiência de Pontavice para suas produções. Se ele tivesse sucesso, iria ampliar o escopo da divisão que Christian administrava. Só restavam encontrar ideias e principalmente artistas, embora não conhecesse nada nem ninguém na área naquela época. O primeiro instinto de Marc era ir ao maior festival de animação do mundo, o Festival de Annecy, no início de junho. O festival é dominado por curtas-metragens que constituem então o formato da animação europeia. Ele fica impressionado com isso durante toda a sua vida profissional. A cada ano, especialmente na França, se vê o surgimento de universos gráficos e talentos de direção que se possa imaginar e a comparação com os curtas-metragens live-action era bem clara. Era também no curta de animação, muitos anos depois, que ele encontraria o diretor de seu longa mais conhecido.
A cidade de Annecy é encantada, situada entre as montanhas e o lago de cor mineral, e se torna vibrante durante o festival ao ritmo das discussões de jovens estudantes de animação que tomam o centro histórico e os bistrôs da cidade à beira do lago. Eles representam mais da metade do público do festival, que vem descobrir novas imagens e como também os estúdios. Aquela cidade era nada menos que o maior centro de recrutamento de talentos no mundo e o local certo para se familiarizar com a profissão e conhecer as figuras daquela profissão no bar do Impérial Palace, o centro nevrálgico do mercado.
Ele, coroado em nome da Gaumont, não passou despercebido e começou a fazer amizades importantes. Em particular, Bertrand Mosca, que mais tarde assumiria a gestão dos programas juvenis da France Télévisions, o produtor Stéphane Sorlat, que procurava um parceiro para desenvolver um projeto em torno dos Jogos Olímpicos, e alguns outros produtores que pensam que unir forças com a Gaumont deveria facilitar suas vidas. A única coisa que interessa a Marc então é identificar talentos importantes. Ele já tem essa intuição de quando se trata da animação, ao contrário da TV tradicional, não é nos roteiristas ou nos produtores que ele encontrará as melhores ideias, mas sim os diretores. E dentre os talentos citados, um deles lhe intrigava, pois a criatividade dele era elogiada. Esta pessoa era Jean-Yves Raimbaud, o futuro criador de Space Goofs e Oggy e as Baratas Tontas.
O encontro com Jean-Yves foi o primeiro grande encontro da história de Marc como produtor e isso estabeleceria as bases do estúdio que está prestes a criar. Jean-Yves Raimbaud era muito cativante, pois ele era alto, esbelto e com um sorriso muito lindo que iluminava um rosto já marcado pelo excesso. Jean, que aos 14 anos abandonou os estudos em favor da formação como pintor, se estreou nos desenhos, ainda que no início ele desenhasse apenas outdoors.
Poucas vezes Marc conheceu uma pessoa tão livre e independente, tanto que muitas vezes ele teve dificuldade de se estabelecer. A mente atormentada de Jean parecia sempre chamar para outro lugar, mas era difícil culpá-lo por alguma coisa, pois a generosidade dele era imensa. Os primeiros encontros entre Jean-Yves Raimbaud e Marc du Pontavice correm muito bem, onde Jean convida Marc para seu estúdio, a Jingle, que ele co-fundou com um associado versado na profissão de publicidade. A empresa sobrevive mais mal do que bem, produzindo desenhos que são mal financiados pelas emissoras de TV.
Mas Jean-Yves tinha sonhos que queria realizar e começa a contar ao Marc os projetos que gostaria de desenvolver. O primeiro era Rat’s, que era uma colaboração com o cartunista Pitluc (que se culminou mais tarde como o desenho Ratz, de 2003), que faz Marc rir muito daquilo. Os desenhos são hilários, tendo ele um senso inato de caracterização de personagem, e Marc vê de como isso seria na tela da televisão, principalmente porque o próprio Jean já tirou algumas imagens, mas o tom era muito adulto.
O outro projeto era totalmente maluco, mas brilhante, que era sobre a história da pin-up Bettie Page. Os desenhos de Jean-Yves que ele mostrou a Marc eram maravilhosos, parecendo os do cartunista Milton Caniff. Por um tempo, Marc brinca com a ideia de sua viabilidade, pois sabe que o chefe do Canal+, Pierre Lescure, é um grande fã da Bettie Page.
Mas um certo projeto chamado Maison à louer (Home to Rent/Casa para Alugar) chama mais a atenção de Marc, onde conta a história de cinco alienígenas que caíram de uma nave espacial na Terra e eles se escondem dos humanos no sótão de uma casa de aluguel. O desenho se tornaria mais tarde Space Goofs.
Quando Jean-Yves fala sobre os Space Goofs a Marc, ele menciona uma referência que ele ainda não conhecia até então: Ren e Stimpy. Quando Pontavice assiste à série em seu retorno a Paris, ele fica capturado e impressionado pelos personagens e pela sua animação revolucionária. O desenho não é só apenas extremo e doido, era animado de uma forma que dificilmente era visto desde os anos 1950. Ren e Stimpy são uma criação do animador e cartunista canadense John Kricfalusi, mais conhecido como John K.
Apesar das polêmicas que ocorreram com sua criação e até inclusive em sua vida pessoal, John K. é um animador genial, onde ele integrou com perfeição a dimensão transgressora deste meio, como um sucessor digno do saudoso Tex Avery. E o universo de John se tornou perverso, onde há dureza nas histórias e nos diálogos que sempre impediu que a série fosse o sucesso universal que deveria ter sido. A série original de Ren e Stimpy havia estreado na França um ano depois de sua estreia nos EUA, em 1992.
A partir de então, Jean-Yves e Marc tiveram a convicção de que é neste modelo que se deve construir o futuro da animação francesa. Desde que Marc era novo, ele é um grande fã de desenhos de perseguição com um formato de 7 minutos e muitas das vezes sem diálogo, que eram exibidos nos cinemas nos anos de 1940 e 1950, que o fazem ele muito feliz como espectador. Tex Avery e Chuck Jones são os seus heróis da animação na sua infância. Os projetos de Jean e o modelo de John K. entusiasmaram Marc du Pontavice. Não demorou muito para Jean-Yves Raimbaud arrumar as malas para se mudar para Paris e se juntar a ele na Gaumont. Jean foi o primeiro artista contratado pelo Marc, mas seria um longo caminho para chegar aos Space Goofs.
Marc chama aqueles que agora se tornaram os seus amigos, Bill Panzer e Peter Davis, para sugerir que adaptassem Highlander como uma animação infantil e a resposta foi entusiástica. Bill e Peter não são muito gananciosos, com exceção por possíveis produtos derivados. O contrato é assinado e Marc obteve o acordo da banda Queen para usar a música do filme, cujo financiamento é também organizado. No entanto, o orçamento da animação é elevado. Ele opta por uma grande quantidade de 40 episódios de meia hora cada, por um custo estimado de 72 milhões de francos. A M6, emissora que exibe a série live-action de Highlander, não quis o personagem escapar, mesmo em sua versão animada; rapidamente passa a se envolver com a versão animada. O departamento de vendas internacionais da Gaumont, que acredita muito no potencial da animação de Highlander, também está apoiando Pontavice com determinação. Ele chega ao mercado americano, o que lhe trouxe um financiamento substancial, porém com uma condição: os primeiros episódios devem ser entregues até o outono de 1994, faltavam dez meses para isso.
Embora ele já tenha alguma experiência em logística de produção, não sabia de nada fazer desenhos animados e só tem consigo artistas que sabem desenhar, mas nenhum deles enfrentou uma ordem desta importância. Inicialmente, ele não tinha intenção de abrir um estúdio de produção de desenhos animados, pois ele quer se concentrar na criação e visita aos estúdios existentes, começando pela a grandiosa dominante da época, Ellipse Animation, dirigida por Philippe Grimond e que fez adaptações animadas queridas pelo público de As Aventuras de Tintim e Babar, com a Nelvana. A preocupação de Marc era com as garantias de qualidade, mas Philippe vê ele chegando com a pele de um jovem produtor ignorante, que também é apoiado pela Gaumont e indica um orçamento e um cronograma incompatíveis com as exigências do seu distribuidor americano. Como os outros estúdios têm requisitos semelhantes, Marc começa a entrar em pânico, mas Jean-Yves estava lá para tranquilizá-lo ele e convencê-lo de que eles podem fazer isso sozinhos e montarem o estúdio eles mesmos.
Aquilo era louco e ótimo. Louco porque eles tinham um controle deficiente dos processos de produção nestes volumes, e ótimo porque Jean sabia que esta é a única maneira de aprender todos os meandros da criação, que não queria deixar a ninguém a tarefa de fazer Space Goofs quando puderem iniciar a produção da série. Foi assim que eles reuniram uma equipe de quase 40 artistas em poucas semanas. A Gaumont instala-os eles, não sem a apreensão, perto da sede deles em Neuilly-sur-Seine, na rua d’Armenonville, em dois andares com uma esplanada que seria palco de várias celebrações.
É uma mistura de talentos novos e antigos, onde entre as figuras importantes está Guillaume Ivernel, que será um dos primeiros pilares e é um diretor artístico influenciado pela ficção científica que apresentou Marc à animação japonesa. Ele criou algumas placas de decoração que vão ajudar muito Pontavice a vender o projeto e é totalmente dedicado. Também estavam Florian Ferrier, designer de personagens, influenciado pelo artista Jack Kirby, onde ele não tem igual na hora de criar personagens com carisma, e Frédéric Dybowski, o chefe de layout que lhe apresentará à criação. Marc também recruta Chris Blache, diretora de produção que garantirá que o cronograma e o orçamento sejam mantidos no dia a dia. Seria a primeira mulher de uma longa série de executivas de seu estúdio, pois Marc sempre dá o seu melhor com o gênero feminino no trabalho.
No início de 1994, já estavam operando, mas faltava um diretor ao desenho; Marc imaginava que Jean-Yves iria assumir a direção, mas ele não tinha intenção de cumprir tal ordem e só quer se dedicar ao desenvolvimento de Space Goofs e sugere para substituí-lo na posição, um jovem artista que queria convencer Marc, ao se oferecer para fazer o storyboard do primeiro episódio, mas não conseguiu convencê-lo. Marc nunca estudou storyboard em sua vida, mas a sua querida e amada esposa Alix de Maistre lhe ensinou algumas noções técnicas. Alix não é apenas uma verdadeira cinéfila que dissecou plano por plano muitas obras-primas da história do cinema, eles passaram os anos deles de estudantes debatendo, não sem fervor, os méritos comparativos deste ou daquele cinema. Ela, que fez mestrado em história e DEA em cinema, se sente muito confortável com a gramática da direção, e graças aos ensinamentos dela, Marc du Pontavice rapidamente adquiriu um forte instinto quando se trata de dirigir; e acima de tudo, compreende espontaneamente o papel do corte na forma de contar uma história. Este é o seu primeiro ato como produtor e seu primeiro ato de intransigência, onde ele recusa a ideia de Jean-Yves Raimbaud e propõe a direção a Frédéric Dybowski, dado que o seu domínio do layout faz dele um bom candidato.
A aventura dele no desenho de Highlander foi complicada e emocionante, onde Marc aprendeu muito sobre o que fazer e o que não fazer. Como a maioria deles era inexperiente, o entusiasmo não conseguiu preencher as lacunas deles e aconteceram muitos erros, onde eles tiveram uma falta significativa de tempo para eles se prepararem para a produção, porque as exigências dos americanos foram um grande empecilho.
Apesar do que aconteceu em sua produção, Highlander – A Série Animada fez um progresso internacionalmente, inclusive na França. O diretor dos programas da M6 convida Marc para um almoço em um grande restaurante em Paris para parabenizá-lo, que é visto pela profissão como um grande sucesso. Entretanto, no fundo, ele sabia que o resultado não era convincente. Apesar de eles terem trabalhado muito na versão animada de Highlander, têm até hoje uma certa dificuldade para assistir aos episódios do desenho e uma grande parte da produção escapou por falta de preparação para a subcontratação da animação na Ásia, no estúdio da Hahn Shin. Ele sai dessa primeira experiência, pelo menos artisticamente frustrado, mas pelo menos ele construiu um grande espírito de equipe.
Já no lado da Gaumont, Patrice fica encantado e o chama ele ao seu escritório em março de 1995. Ele diz que é a hora de formar a sua própria divisão na Gaumont e acredita em seu potencial como desenvolvedor de novas atividades. Patrice Ledoux quer que Marc acelere e até se expanda para os videogames. A divisão vai se chamar Gaumont Multimédia. Poucos dias depois, eles marcam um encontro na rua Yves Toudic, 25, perto da República e longe da sede da Gaumont. Era ali que lhe foi apresentado um prédio cuja beleza a surpreendeu. Com 15 metros de altura, todo feito em madeira e vidro e cheia de galerias que giravam em torno de um pátio central. Marc iria assumir o lugar de Luc Besson, que ocupava o local desde 1988, que iria se instalar em Londres e Los Angeles para as filmagens de O Quinto Elemento. Depois de alguns meses de trabalho revigorante durante o verão, toda a equipe da recém-criada Gaumont Multimédia se muda para o icônico endereço (que se tornou anos depois o endereço da Xilam) com sonhos a concretizar. O primeiro desses sonhos era o desenho dos alienígenas vindos do planeta Zigma B…
Caso você testemunhe ou seja vítima de violação dos direitos humanos, disque 100 ou acesse o site oficial do Governo do Brasil.
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