YouTube anuncia o fechamento de canais que criavam trailers falsos com IA

O YouTube anunciou nesta quinta-feira (18) o encerramento de dois grandes canais que produziam trailers falsos para filmes, utilizando-se de inteligência artificial: Screen Culture, da Índia, e KH Studio – na Geórgia. A plataforma já havia suspendido a veiculação de anúncios em ambos os canais no início do ano.
Para reverter a falta de monetização, eles passaram a utilizar por um curto período termos como ‘trailer de fã’; ‘paródia’ e ‘trailer conceito’. Todavia, pouco tempo depois, voltaram ao comportamento original. Diante disso, a plataforma decidiu que esta atitude violava suas políticas contra spam e metadados enganosos, resultando no encerramento de ambas.
Os dois canais possuíam mais de 2 milhões de inscritos e contabilizavam mais de um bilhão de visualizações. Ao tentar encontra-los, surge a seguinte mensagem: “Esta página não está disponível. Pedimos desculpas. Tente pesquisar outra coisa“.
A Screen Culture chegou a desenvolver 23 versões diferentes do trailer de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos até o mês de março. Alguns deles chegaram a superar os números dos vídeos originais da Marvel Studios. Recentemente, fizeram também para Wandinha (Netflix) – além da futura série de Harry Potter (HBO).
Segundo investigação do Deadline, alguns estúdios como Warner Bros. e Sony pediram secretamente ao YouTube para garantir que a receita de anúncios dos vídeos com uso intensivo de inteligência artificial fosse direcionada para eles.
Na semana passada, a Disney chegou a enviar uma notificação extrajudicial ao Google alegando que seus modelos e serviços de treinamento de IA estavam infringindo seus direitos autorais em uma “escala massiva”. As produções do estúdio eram as mais exploradas pelos canais.
Notícias relacionadas
Guia da Temporada de Outono 2025: confira os animes já anunciados no Brasil
Confira todos os principais animes anunciados para o período
Romance isekai escrito com auxílio de IA lidera plataforma japonesa de web novels e gera debate no Japão
A obra subiu rapidamente nas listas de mais lidas do site japonês Kakuyomu, gerando debate sobre o uso de inteligência artificial na criação de histórias

