De acordo com a Variety, a Toei Animation está buscando expandir sua presença internacional com novos escritórios locais na Europa e na América Latina. Isso foi revelado por Shinohara Satoshi, executivo sênior da empresa, em uma conferência durante o TIFFCOM, que revelou a intenção do grupo de abrir um escritório na Itália e outro no México, que ele descreveu como “inestimável”.
O grupo já tem alguns escritórios regionais fora do Japão, abrangendo a Ásia, as Américas, Austrália, Europa, o Oriente Médio e a África (EMEA). Mas o grupo acredita que mais negócios podem ser conquistados no lucrativo mercado europeu, ao qual o escritório italiano atenderia.
Ele explicou que essa estratégia tem como objetivo capitalizar o crescente interesse pelo conteúdo asiático nos mercados internacionais e, ao mesmo tempo, compreender melhor as tendências dos mercados globais, a demanda por anime e a habilidade de localizar e adaptar suas propriedades intelectuais. “Às vezes, adotamos uma abordagem contrária. Valorizamos a agilidade e a rapidez que os escritórios locais proporcionam“, afirmou Shinohara.
Os lucros internacionais da Toei aumentaram de menos de 20% em 2012 para mais de 60% em 2021. “Quanto mais ambicioso o mercado que buscamos, maior o potencial de investimento em conteúdo“, acrescentou Shinohara. No ano passado, a receita do grupo atingiu US$ 658 milhões. No entanto, uma parte substancial dessa receita veio na forma de comissões, o que resultou em margens de lucro significativas. A empresa registrou um lucro líquido de US$ 157 milhões.
Finalmente, o executivo enfatizou que o grupo está “aprendendo com seus erros”, exemplificado pelo investimento maciço na adaptação live action de Saint Seiya (que envolveu uma enorme perda de investimento), e destacou alguns de seus outros projetos internacionais, incluindo Le College Noir, com o estúdio La Cachette, na França, ou Hana no Ko Lunlun, na China, com a Tencent Video.
Em um relatório recente da Toei, publicado em abril, a empresa identificou a América Latina como um de seus mercados prioritários, juntamente com a Europa, para “acelerar a distribuição global de conteúdo”, um fato que tem sido evidente ultimamente na maior disponibilidade de seu catálogo tanto em plataformas de Streaming quanto na televisão.
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