The First Slam Dunk – uma cesta de pontos perfeita para a franquia

Reprodução.

Quem é fã de animes de esporte com toda certeza já ouviu falar de Slam Dunk, mangá de Takehiko Inoue serializado na Weekly Shōnen Jump entre 1990 e 1996, com duas edições no Brasil, uma pela Conrad Editora entre 2005 e 2008em formato tankobon, e uma nova edição pela Editora Panini, lançada entre 20116 e 2020, no mesmo formato do kanzenban japonês.

No começo dessa semana, rolou o evento de pré-estreia do longa The First Slam Dunk, promovido pela CineColor Films em parceria com a Editora Panini no Cine Marquise, em São Paulo, e a convite das partes, fui lá conferir a produção e levar bolada na cara, tal qual o Sakuragi (vamos fingir que foi tudo planejado).

Assim de saúde… (Slam Dunk: Shueisha/Reprodução)

Além da exibição do filme, o evento contou com a presença de um DJ animando o espaço, mini-basquete pra você testar suas habilidades, um espaço para fotos, duas artes do Pegge黒, e a presença dos dubladores Heitor Assali e Lucas Funchal, que fazem as vozes do Sakuragi e do Rukawa na dublagem brasileira. Ou seja, tudo muito bem planejado, e divertido.

The First Slam Dunk tem uma história emocionante, com muita ação, drama e, obviamente, os momentos de comédia que todo fã da obra conhece e ama. Produzido pela Toei Animation, com roteiro e direção de Takehiko Inoue, a produção traz uma nova perspectiva à história do mangá, tendo como foco a de Ryōta Miyagi, armador e camisa 7 do time do Shohoku, desde sua infância em Okinawa, onde treinava basquete com seu irmão Sota Miyagi, até a partida Shohoku vs Sannoh, a última do mangá (capítulos 223 a 276), e que não havia sido adaptada no anime de 1993. A partida tem cenas de ação eletrizantes, tal como presente em todo o projeto — se você gosta de esportes, com certeza vai se empolgar com esse filme, conhecendo ou não a franquia —.

A trama também explora bem a relação de Ryōta com Hisashi Mitsui, ala-armador do Shohoku e especialista em fazer cestas de 3 pontos, desde que se conhecem quando Ryōta e sua família se mudam para Kanagawa, quando ainda estavam no fundamental e Mitsui era um prodígio do basquete e MVP do time da sua escola.

A animação chega a ser impressionante em vários momentos, misturando rotoscopia de personagens 3D com cenários 2D nas cenas de quadra, texturas e personagens de apoio desenhados no estilo de Takehiko Inoue e pintados com uma técnica de aquarela digital. Nas cenas de vida diária, é feito em animação 2D tradicional, com a mesma finalização com técnica de aquarela digital, porém com cores menos saturadas, o que ajuda a distinguir o tom nas cenas mais dramáticas.

O uso de rotoscopia a partir do 3D ajuda a capturar os movimentos do basquete com o maior realismo possível e foi por esta razão que a técnica foi escolhida pela equipe de produção. O sound design é envolvente, com ótimos efeitos de som que capturam perfeitamente os barulhos de uma quadra de basquete e uma trilha sonora que oscila entre músicas eletrizantes nas cenas de ação e músicas mais emotivas para os momentos dramáticos, da qual eu tenho que destacar a música Love Rockets do The Birthday, que serve de abertura. Inclusive, pessoalmente, achei a abertura bastante interessante, principalmente para quem gosta de animação 2D, pois os trabalhos começam com um desenho em rascunho que com o passar da cena vai ficando mais detalhado até ganhar cores, visualmente interessante e que se destaca mediante outros estilos utilizados ao longo da narrativa.

The First Slam Dunk chega aos cinemas do Brasil em 3 de agosto, sendo uma ótima pedida mesmo que você não tenha nenhum conhecimento prévio sobre Slam Dunk. Dá pra curtir sem saber o resto da história, mas certamente o fará querer ler o mangá depois de assistir. Sou uma pessoa suspeita para falar, pois sou fã de Slam Dunk desde 2005, mas digo com convicção que The First Slam Dunk é o filme do ano!

E para quem quiser comprar o mangá, a Editora Panini anunciou um desconto de 30% nos mangás de Slam Dunk até 5 de agosto.

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*