Sony, Microsoft e Nintendo não competem mais entre si, segundo ex-CEO da Sony

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Em matéria produzida para o Gameinformer, o ex-CEO da Sony Computer Entertainment America (SCEA), Jack Tretton, revelou seu parecer sobre a atual situação da “guerra de consoles” que volta e meia acirra ânimos de jogadores e entusiastas de aparelhos de determinadas fabricantes em ambientes virtuais e a possível diferença de percepção por parte das empresas que hoje lideram os negócios no âmbito de jogos eletrônicos e dividem a preferência dos consumidores.

De acordo com Tretton, houve uma significativa mudança de visão a respeito de quem de fato hoje é a concorrência dos tempos em que comandou a Sony para o atual momento do mercado de videogames. Enquanto que na época de sua gestão, ocorrida entre 2006 a 2014, havia uma intensa necessidade da Sony de se sobressair diante da Microsoft, sua maior rival no segmento, no atual momento os verdadeiros adversários seriam outras mídias de entretenimento, em razão especialmente da exitosa evolução alcançada pela indústria de jogos eletrônicos.

Nas palavras do executivo: “A competição na indústria de games não se trata mais de Nintendo versus Sony versus Xbox. É videogames enquanto uma forma de entretenimento contra assistir TV, ir a shows, ou qualquer outra opção que você tenha acesso. Dessa forma, a indústria de jogos compete na verdade pelo tempo e pela atenção das pessoas de maneira que quanto mais opções satisfatórias existirem para esse tipo de entretenimento, melhor será para pessoas que trabalham nesse setor assim como para o público que gosta de videogames, uma vez que terão mais alternativas do que consumir.”

Ainda reforçando o ponto de vista que expôs, Tretton chegou a dizer que: “Pessoalmente, acho que preferiria que concorrentes investissem na área de videogames do que em outros ramos como o musical ou cinematográfico porque conforme o que disse, investir nesses campos não necessariamente irá propiciar a expansão de empreendimentos em video games.” e trouxe como exemplo do que argumentou a chegada de produções outrora exclusivas da Sony para consoles aos PCs e o fato da Microsoft não transformar jogos de marcas por ela adquiridas como Activision Blizzard em exclusivos das plataformas Xbox e PC. Eventos impensáveis até alguns anos atrás.