Sonic: criador do personagem pode ser condenado a até mais de 2 anos de prisão
SEGA / TMS Entertainment / Divulgação
O desenvolvedor e game designer Yuji Naka, mais conhecido por ser o principal nome por trás da criação do personagem Sonic pode estar prestes a ir parar na cadeia em definitivo. Isso porque segundo as informações apuradas a respeito do caso onde Naka é réu (via VGC), o executivo é acusado do uso de informações priviligiadas de dentro da Square Enix para impulsionar seus lucros com vendas de ações.
O incidente onde Naka está envolvido veio a público em novembro de 2022, onde junto a outras duas pessoas o ex-chefe fo Sonic Team foi autuado por agentes a serviço do Ministério Público do Distrito de Tóquio em meio a uma investigação sobre atividades suspeitas que vinham ocorrendo nos bastidores da Square Enix. O fato foi divulgado por uma reportagem do portal japonês FNN e ganhou relativa repercussão midiática no Japão e entre a imprensa de jogos eletrônicos mundial. Na mesma época, Naka trabalhava no jogo Balan Wonderworld.
Em março deste ano, Naka admitiu ter participado do esquema conhecido como insider trading em janeiro de 2020, onde após tomar conhecimento do lançamento de dois novos jogos das franquia Dragon Quest e Final Fantasy para plataformas mobile investiu uma parte de seu capital nos estúdios Aiming e ATeam, que trabalharam respectivamente no desenvolvimento das produções de cada uma das séries. A intenção era de alavancar seus lucros a níveis muito acima da média assim que as ações das desenvolvedoras ganhassem elevação no mercado.
Criticado pela opinião pública japonesa por não demonstrar arrependimento por o que fez de acordo com os relatos de promotores, a defesa de Naka tem empregado esforços para reverter a pena de modo a evitar a ida do desenvolvedor à prisão e a obtenção de multas por valores menores que o estipulado. Caso a sentença não lhe seja favorável, Naka terá que pagar uma fiança de US$ 18 mil e uma multa no valor de US$ 1,2 milhão às autoridades cumprindo regime fechado na prisão pelo prazo de dois anos e meio. O parecer final do júri acontecerá no dia 7 de julho.