Salário médio de profissionais da animação brasileira caiu para 12,1% desde 2019

De acordo com levantamento feito pelo Instituto Iniciativa Cultural, o 2º Mapeamento da Animação no Brasil, que discute as questões inerentes ao setor e considera imprescindíveis verbas federais diretas e indiretas nos projetos de animação, mostrou que de 2019 para 2025, o salário médio dos profissionais do mercado de animação no Brasil caiu 12,1%, passando de R$ 7.980 para R$ 7.010. Eles são em maioria, freelancers, que trabalham sem vínculo empregatício nem direitos respaldados por leis. (via Agência Brasil).
A reportagem também mostrou que poucos desses profissionais já trabalharam para estrangeiros, e um contingente ainda menor internacionaliza conteúdos e criações de sua autoria. A análise foi orientada pela percepção de 466 participantes, entre eles estão as produtoras, estúdios, prestadores individuais e realizadores audiovisuais.
O estudo levou um ano e dois meses para ficar pronto e resume quais as perspectivas dos profissionais e empresas, os problemas que dificultam a circulação das obras dentro e fora do Brasil, e a estrutura do segmento. A primeira versão foi feita em 2019, e agora foi incrementada por uma versão mais ampla, que adiciona perguntas para obter um retrato ainda mais fiel dos profissionais de animação. Na versão antiga, o Instituto Iniciativa Cultural foi consultor do Festival Anima Mundi e da consultoria JLeiva.
A animação brasileira é atualmente considerada uma das maiores indústrias de animação do mundo, junto de países como o Japão, França, Canadá e os Estados Unidos, porém tem poucos investimentos vindos do Governo Federal, o que acontece desde sempre. Tirando raras exceções como o programa de curtas Anima TV, que fez pilotos como Tromba Trem, Carrapatos e Catapultas, Vivi Viravento e Historietas Assombradas se tornarem produções completas, a animação brasileira é sempre beneficiada pelas verbas da Ancine (Agência Nacional do Cinema) e do FSA. Figuras que trabalham na animação brasileira também se destacam como Ale McHaddo, Andrès Lieban, Alê Abreu, Victor Hugo-Borges, Zé Brandão, Mariana Caltabiano e até internacionalmente como no caso de Carlos Saldanha.
A pesquisa foi possível por um financiamento do Ministério da Cultura do Governo Federal, por meio da Lei Paulo Gustavo, via Spcine, empresa de cinema e audiovisual da cidade de São Paulo.
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