Review Digimon Adventure: – Episódio 1 ao 8

Akiyoshi Hongo / Toei Animation / Divulgação

É inegável que nesse últimos anos a franquia Adventure se desgastou bastante devido aos seu problemas com Digimon Adventure tri. e o conturbado lançamento de Digimon Adventure: Last Evolution Kizuna, mas sejamos justos, a nova versão do anime veio causando um enorme reboliço entre os fãs antes de sua estreia e acabou sendo uma grata surpresa para a franquia.

Um equilíbrio interessante entre o que já conhecíamos, mas com um novo começo inusitado, tomando um rumo bem diferente do que esperávamos. Já que logo no começo nos deparamos com uma nova abertura, substituindo a clássica “ButterFly” por uma canção mais condizente com a nova fase do anime, trazendo uma clima mais alegre, preparando o espectador para mergulhar dentro do mundo digital (que mesmo depois de 8 episódios, continuo escutando sem pular nenhuma vez). Mas, mesmo sendo uma boa abertura e fazer várias referencias a primeira abertura, o claro foco em destacar o “protagonista”, acaba sendo um pouco incomodo.

Dito isso, inciamos o primeiro episódio conhecendo as novas versões de Tai e Izzy, trazendo um cenário mais atualizado para os dias de hoje, mostrando um paralelo bem interessante. Já que a série original sempre teve que se limitar a época em que foi criada, amarrando suas sequencias nas mesma linha do tempo, com a limitação da tecnologia. Com o remake, a equipe por trás teve uma maior liberdade criativa, modernizando seus elementos e trazendo um novo público, que não precisa conhecer a série clássica e suas sequências para imergir neste universo.

Mas isso não significa que os fãs antigos ficariam de mãos vazias, o primeiro arco da história nos trás algo bem próximo do antigo filme Digimon Adventure: Our War Game, só que desta vez o inimigo não era o Diaboromon, mas sim Algomon, um mostro digital conhecido para aqueles que assistiram o filme de Digimon Savers: Ultimade Power! The Burst Mode in Motion, a quinta geração da franquia. Onde pudermos ver o encontro de Tai e Matt pela primeira vez com uma evolução milagrosa, para presenciar uma linda batalha entre Omegamon e Algomon.

Akiyoshi Hongo / Toei Animation / Divulgação

Akiyoshi Hongo / Toei Animation / Divulgação

Fanservice feito, agora temos um nova trama para evitarmos a mesmice da história anterior. Ao invés de juntar todos os digiescolhidos no acampamento, a nova série nos apresenta um de cada vez, com a adição de Sora chegando junto ao Tai na ilha do Digimundo, deixando a personagem bem mais proativa, útil e inteligente para o grupo. Algo que foi feito para mostrar a importância de cada um deles dentro da história.

Quando os dois alcançam um santuário, descobrimos como será o plot principal da série, a guerra do bem contra o mal, onde nos é apresentado os Sete Anjos que comandam o mundo digital. Será que isso é um indicativo que finalmente teremos uma temporada onde os Sete Lordes Demônios vão se reunir? Mesmo sendo um anime feito para crianças, a franquia sempre trouxe arcos mais complexos e recheados de mitologia.

Akiyoshi Hongo / Toei Animation / Divulgação

Akiyoshi Hongo / Toei Animation / Divulgação

No decorrer dos próximos episódios, conhecemos Mimi e Joe, onde vemos como os personagens estão mais realistas e menos caricatos, fazendo deles bem mais interessantes no geral. Após uma longa jornada, nosso grupo alcança o seu próximo objetivo, o Continente Cloud. Enquanto na série clássica, vimos eles saírem da Ilha Arquivo para o Continente Folder, aqui vemos outra diferença para adequar aos tempos atuais, já que Folder representa o antigo sistema de pastas para guardar os arquivos enquanto Cloud é o sistema atual baseado em nuvem dos dias de hoje.

E ao que tudo indica, o Continente Cloud está longe de ser o paraíso, antes mesmo de chegarem, sofrem um ataque em larga escala que acaba assustando todos, mas Matt chega para tranquilizar e trazer um novo equilíbrio ao grupo. Onde vemos uma grande interação entre todos, se apoiando durante a luta junto aos seus parceiros Digimons, as batalhas possuem muito mais contato físico do que antes e fazem uso dos dois lados da equipe, tirando aquela antiga sensação de “luta de poderzinho” onde os humanos pareciam apenas assistir tudo o que acontecia.

Akiyoshi Hongo / Toei Animation / Divulgação

Em resumo, estes oito episódios conseguiram me segurar em frente a tela por todo o tempo, além de levantar certos questionamentos que ainda não foram abordados na série, como o TK e a Kari vão se encaixar nessa nova história? Teremos um desenvolvimento maior dessa vez ou será algo jogado? Porque não sei se estou pronto para assistir algo como Angemon vs. Devimon novamente.

Mas, a nova saga dos monstrinhos virtuais é transmitida simultaneamente com o Japão todo sábado a noite pela Crunchyroll, com legendas em português para seus assinantes e para aqueles que estão lendo esse review no dia de lançamento, mal podemos esperar pelo episódio de hoje.

Texto escrito por Gustavo Henrique Costa
Imagens e edição por Matheus Chami