
Um recente artigo publicado pelo site Nikkei Business revela que a ONU (Organização das Nações Unidas) relatou problemas graves na indústria de entretenimento do Japão. Conforme o relatório, diversos animadores, diretores, além de mangakás (escritores e ilustradores de mangás) e idols da música pop japonesa são massivamente explorados, enfrentando carga horária excessiva, salários muito abaixo do ideal e falta de proteção trabalhista.
A publicação desse relatório gerou grande preocupação no governo japonês, que teme um impacto negativo sobre as distribuidoras e empresas patrocinadoras estrangeiras, como a Netflix e a Crunchyroll, as quais podem reduzir ou até cessar seus investimentos no segmento até que as questões trabalhistas sejam solucionadas.
O governo japonês estuda criar um conselho específico para a indústria de entretenimento, com o objetivo de apoiar animadores, músicos e atores japoneses, promovendo um ambiente de trabalho saudável e remuneração adequada conforme os padrões exigidos pela ONU.
O temor dos japoneses em relação a um possível boicote também está ligado à economia, especialmente após a iniciativa “New Cool Japan,” que visa expandir a cultura nipônica pelo mundo, principalmente por meio dos mangás e animes.
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