O que esperar da Batwoman dentro do Arrowverse?

Warner Bros. Television / DC Entertainment / Divulgação

A internet, foi pega de surpresa, em maio, quando o ator Stephen Amell (Olíver Queen, na série Arrow) confirmou que a Batwoman, integrará o universo de heróis da CW, num crossover anual envolvendo todas as series dos heróis da DC Comics no canal (Arrow, Flash e Supergirl estarão neste encontro, menos a série DC Legends of Tomorrow, que dessa vez não participará) que vai acontecer em Dezembro. E o presidente do canal CW,  Mark Pedowitz, concluiu dizendo que Gotham será incorporada ao universo dos heróis no canal. Mas o que isso realmente significa? O que esperar da entrada da Batwoman neste universo?

Para quem não sabe, a Batwoman surgiu em 1956, como um alter-ego da personagem Kathy Kane (nome que foi em homenagem ao criador do Batman, Bob Kane), uma ex acrobata de circo, que após se enriquecer, decide combater o crime em Gotham City como a Batwoman, inspiradas, obviamente no Batman. Após um longo tempo no limbo, ela foi trazida de volta ao mundo dos quadrinhos em 2006, na série 52, onde, nesta versão, ela assumiu a sua homossexualidade e chegou a ter um caso com Renee Montoya, uma detetive policial do Departamento de Polícia de Gotham City (DPGC). E é justamente essa versão de 2006, que será inserida dentro deste crossover das séries de heróis da CW.

A atriz Ruby Rose (Orange is a the New Black) foi contratada para interpretar a personagem. e não foi coincidência, já que a emissora queria uma atriz que fosse abertamente gay, pra poder da vida a Kathy Kane (que também é assumidamente gay), e Ruby se assumiu homossexual desde os 12 anos de idade. E a Batwoman que pode ganhar uma série solo pela própria CW em 2019, já que um piloto foi confirmado, com Greg Berlanti e Caroline Dries na produção.

Mas o que realmente significa a chegada da Batwoman no universo de heróis da CW?

Reprodução.

A entrada da Batwoman neste universo, abre muitos precedentes para as séries da CW. Em primeiro lugar começando por Gotham City, que por si só, já é um mar gigantesco de situações que podem vir a ser inseridas numa futura série da Batwoman, como por exemplo, Alan Scott, o primeiro Lanterna Verde, poderia ser inserido na série, ou pelo menos, ser mencionado de alguma maneira. Até mesmo Renee Montoya (que já foi um interesse amoroso de Kathy Kane), poderia dar uma boa química com a personagem, já que Montoya também já adotou o “manto” do herói Questão, um dos personagens mais complexos e filosóficos da DC Comics, o que poderia ter um conflito de interessantes de ideais entre ambas personagens, se for bem trabalhado.

Temos também a Bárbara Gordon, a Oráculo, que poderia desempenhar uma função igual ou parecida ao do Alfred com o Batman/Bruce Wayne. Imagina como seria interessante vermos uma relação de confiabilidade entre a Bárbara e a Kathy, com a primeira auxiliando a Batwoman em todos os sentidos, com armas e equipamentos, com conselhos e tal, acho que seria interessante de se ver, desde que, não seja mais do mesmo, como a Felicity em Arrow.

O único problema que vejo nesta adaptação da Batwoman, é pelo fato de já termos uma série envolvendo o homem morcego e suas adjacências, que no caso é a série Gotham, que terá sua última temporada em 2019 pela Fox. Vários personagens foram colocados na série, e se forem também, de alguma maneira, inseridas em Batwoman, ficaria confuso na cabeça de um assíduo telespectador atento. Seria muito mais interessante, se não usassem esses personagens, pelo menos por enquanto, e abrir um novo leque de possibilidades, para que se possa desenvolver uma série com uma pegada diferente, com diferentes personagens. Acho que seria bem plausível, quem sabe, um futuro crossover, com a série dos Jovens Titãs (principalmente com o Robin) que chegará ao catálogo do futuro serviço de streaming da DC, ainda em 2018.

Gotham é definitivamente um celeiro de personagens, e que pode vir a ser de grande utilidade, se realmente vingar uma série da Batwoman, se for bem trabalhado e explorado, como o submundo de Gotham, os bairros etc. Resta saber, com qual direção irão tomar com a personagem, pois o leque de possibilidade foi aberto, basta entender e querer fazer algo ousado e produtivo.