Ministério Público do Japão exige prisão do presidente da Ufotable

Shueisha / Ufotable / Divulgação

O Ministério Público do Japão solicitou a prisão pelo prazo de 1 ano e 8 meses do fundador, diretor representante e presidente do estúdio Ufotable, Hikaru Kondo. A pena foi requisitada pelo órgão após Kondo admitir no dia 17 de setembro, durante audiência preliminar no Tribunal Distrital de Tóquio, a sonegação de 138 milhões de ienes em impostos, equivalente a aproximadamente R$6,85 milhões de reais.

De acordo com o expresso em comunicado pela promotoria envolvida no caso nesta segunda-feira (1), Kondo teria instruído a administração de seu estúdio a realizar o que seriam consideradas “irregularidades contábeis” pela legislação japonesa, sempre que lucros superavam as expectativas, negado a responsabilidade da empresa de arcar com seus impostos de maneira correta e cometido “enganos” minuciosamente planejados.

A acusação ainda reiterou no mesmo documento que tanto Kondo, quanto os demais responsáveis pelo gerenciamento do Ufotable, esconderam uma significativa parte da receita obtida com estabelecimentos temáticos e merchandising de produtos durante o período entre os anos de 2015 e 2018, visando a precaução de prejuízos futuros em seus negócios. Dessa forma, o estúdio supostamente teria ocultado 441 milhões de ienes (aprox. R$22 milhões) de arrecadações tributárias. A defesa de Kondo, declara que o dinheiro desviado por ele não teria sido utilizado para fins pessoais e pede a suspensão da sentença.

Após a queixa formal feita a Kondo e ao Ufotable ter se tornado pública no dia 9 de julho deste ano, o estúdio de animação em reconhecimento imediato ao Ministério Público de Tóquio garantiu que uma declaração de imposto corrigida havia sido apresentada e tendo assim arcado com o pagamento apropriado de suas dívidas. Entretanto, foram constatados através de relatórios preliminares, divergências de valores do que a empresa devia às instituições governamentais do país. A denúncia formalizada apontava 137 milhões de ienes (em torno de R$ 6,79 milhões) em impostos enquanto relatórios anteriores do jornal The Mainichi Shimbun de 2020 indicavam 139 milhões de ienes (aprox. R$6,90 milhões), ambos números distintos dos que Kondo apresentou em seu depoimento no mês de setembro.

O veredito da corte encarregada do julgamento será definido no dia 10 de dezembro.