Mighty Morphin Power Rangers: atores fazem paralelo entre a atual greve e a questão salarial da série

Hasbro/ Divulgação

Com o inicio da Greve dos Atores, o ator David Yost foi até o Twitter comentar sobre uma notícia relacionada a um dos temas que estão em pauta nas discussões: uso de inteligência artificial. David, que interpretou o inteligente Billy nas temporadas iniciais de Mighty Morphin Power Rangers e retornou no especial de 30 anos, falou que o empresário Haim Saban deveria estar liderando as negociações.

A fala foi dita por conta da situação de outro ator, David J. Fielding, que deu vida ao Zordon – mentor dos heróis. David Yost afirmou que Fielding filmou apenas uma vez e ganhou menos de mil dólares, por outro lado, Haim Saban se utilizou de sua imagem por anos e faturou muito com isso, enquanto que o  profissional não recebia nenhuma parcela desta quantia. Confira:

Confira a fala de David Yost:

“Haim Saban deve estar conduzindo as conversas. Onde está a decência e o respeito? David J. Fielding (o cara de Zordon) teve uma experiência semelhante. Trabalhou um dia em Power Rangers e o mesmo material foi usado em todos os episódios de MMPR”.

Muitos de seus seguidores responderam mostrando-se ao seu lado, o apoiando e exigindo que estas situações fossem relatadas. Uma das respostas foi do próprio David J. Fielding, comentando que havia recebido apenas $150 por um dia de trabalho. Confira:

“Ganhei menos de $ 1.000 no programa como um todo. Não era sindicalizado, então não havia resíduos. Recebi $ 150 pelo dia em que filmei e eles ganharam um bilhão de dólares no primeiro ano. Mas isso é justo, certo?”.

Ele continuou comentando sobre os demais atores falando que não havia uma distribuição dos ganhos com merchandising e que trabalhavam de 12 a 16 horas por dia, com péssimos salários e condições precárias de trabalho. Contudo, esta situação nas primeiras temporadas da franquia já foi comentado por outros membros da equipe como Walter Jones e Amy Jo Johnson.

A atual Greve dos Atores busca por melhores condições de salário, pensões, planos de saúde e uma melhor segurança no trabalho no que diz respeito as grandes mudanças que vem ocorrendo na indústria, tais como o streaming em oposição a TV linear e ao crescente uso da inteligência artificial.

É a primeira vez desde 1960 que tanto os atores quanto os roteiristas estão juntos em uma greve contra os grandes estúdios que comandam Hollywood. O Sindicato dos Atores representa mais de 160.000 profissionais e o Sindicato dos Roteiristas em torno de 11.000 trabalhadores.