Chegando aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (17), a animação mexicana Maximiliano Kolbe e Eu apresenta a história do padre franciscano Maximiliano Maria Kolbe, um devoto de Maria que foi canonizado pela Igreja Católica em 1982.
Maximiliano nasceu na Polônia em 1894, mas este longa não se inicia com este fato. Aqui, acontece um paralelo entre o momento atual e o passado; no presente temos um jovem chamado D.J que – após perder seus pais em um acidente – passa a morar em um abrigo.
A situação, por motivos óbvios, faz com que o rapaz se desmotive dos estudos e de sua vida como um todo, entrando em alguns atritos com a polícia. Diante disso, decidem que ele será o ajudante de um senhor solitário chamado Gunther. É com este homem que ele começa a escutar sobre o padre Max e sua devoção.
Mas sendo sincero? A produção não me conquistou. Sendo uma animação em computação gráfica mal feita (parece um jogo do PlayStation 2), um roteiro simplório, além do primeiro e segundo ato serem cheios de momentos ‘evangelizadores’. Em tudo este homem conseguia resolver a situação com facilidade, bastava falar em Jesus ou Maria que pronto, “certo, padre” ou “você tem razão, padre“. Ah gente, não força.
Sem falar que não sou a pessoa mais religiosa do mundo e teve alguns pontos aqui que me fizeram revirar os olhos, mas segui em frente. Todavia, um ponto que achei interessante foram os breves momentos históricos aqui representados, afinal, este padre foi uma pessoa real e o filme conta a vida dele – com algumas liberdades – mas está ai sendo relatado.
Há duas guerras retratadas aqui, incluindo a 2ª Guerra Mundial, que não foi floreada. Aliás, é aqui que toda a empatia e bondade deste padre franciscano é vista com mais vontade, sua coragem de enfrentar com amor aos soldados de Hitler é algo bem interessante. Este terceiro ato me conquistou só um pouquinho.
Mesmo com algumas falas levemente problemáticas, este curioso projeto pretende lhe fazer acreditar que Maximiliano realmente foi uma pessoa que pensava no próximo antes de pensar em si mesmo e, se formos ver a forma como ele perdeu a vida, torna-se mais fácil entender o porquê dele ter sido canonizado.
Quanto a dupla do presente, é um clássico companheirismo que vai nascendo da relutância. Lembra um pouco o que vimos em UP: Altas Aventuras, com Gunther se tornando cada vez mais próximo do, agora mais responsável, DJ. E, sim, há uma conexão entre este senhor e o padre santo.
Será que algum dia irão fazer uma animação da Irmã Dulce?
Maximiliano Kolbe e Eu estreia dia 17 de outubro nos cinemas.
*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*
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