Liga da Justiça: interesses e estreia prejudicaram o longa

Divulgação. © Warner Bros

A principal reunião dos heróis da DC, Liga da Justiça (Justice League), vem sofrendo com uma arrecadação muito abaixo do esperado, podendo dar prejuízo ao estúdio e com má recepção da crítica e parte do público. O longa passou por severas modificações após a troca de diretor e tom empregado, mas o que antes não havia sido revelado é que os principais motivos de tamanhas alterações vieram devido interesses particulares, informa o The Wrap.

As fontes envolvidas na produção, que foram entrevistadas pelo site, desmentiram algumas informações, como a do afastamento de Zack Snyder. Os executivos do estúdio pensavam em retirá-lo desde a má recepção de Batman vs Superman, porém demitir um diretor poderia passar uma imagem negativa. O que teria acontecido realmente é que Snyder tinha vontade de continuar, pois o trabalho poderia ser uma forma de passar pelo momento difícil que estava lidando pela perda de sua filha, mas eles estavam fazendo muitas intervenções e chamaram Joss Whedon para “readequar” o filme, tornando a situação insustentável e forçando o diretor se afastar.

A produção sofreu ainda com diversas polêmicas sobre as mudanças de tom e as refilmagens, especialmente pela remoção em CGI do bigode de Henry Cavill, sendo, segundo as fontes, situações que ocorreram porque a Warner não queria adiar a estreia do longa, embora se mostrasse necessário, e as motivações não eram apenas para evitar passar uma ideia de desorganização, mas que envolvia a compra da Time Warner pela AT&T. A companhia não queria demonstrar incertezas em sua compra e os chefes do estúdio, Kevin Tsujihara e Toby Emmerich, temiam o adiamento de seu bônus salarial que receberiam com o filme, pois se o lançamento passa-se à frente poderia cair em uma época em que não estivessem mais lá.

Liga da Justiça segue em cartaz no Brasil, com arrecadação mundial de US$ 505 milhões.