Durante palestra na TIFFCOM, o executivo do conglomerado de mídia japonês Kadokawa, Takeshi Kikuchi, e o diretor geral da divisão de animação, Seiji Kiyohara, comentaram sobre a ambiciosa estratégia de expansão internacional que a empresa planeja adota. Para isso, a Kadokawa aposta no sucesso do Isekai, gênero de fantasia em que o protagonista é transportado para outro mundo e precisa lutar para sobreviver lá.
Desde 1976, a empresa investe em adaptações de obras publicadas pela editora Kadokawa Shoten. Sua estratégia de investir em diferentes formas de mídia para seus conteúdos vem dado certo domesticamente. Grande parte desse sucesso vem de light novels Isekai.
Eles identificam os títulos Re:Zero – Starting Life in Another World, Overlord, Konosuba, The Saga of Tanya the Evil e The Rising of the Shield Hero como pioneiros. Essas obras receberam lançamento original como webnovels, que posteriormente ganharam publicações físicas e adaptações em anime.
Apesar do sucesso no Japão, a Kadokawa não está satisfeita com o desempenho internacional. Kiyohara reforçou a importância da empresa trabalhar de perto com parceiros internacionais no marketing de suas obras, para garantir que elas cheguem ao máximo de pessoas. Já Kikuchi comentou sobre a mudança de estratégia onde ao invés de “vender para quem pagar mais“, a empresa passou a fechar parcerias onde pudesse continuar obtendo lucros.
Os dois trouxeram como exemplos de parcerias de sucesso os animes So I’m a Spider, So What?, que foi coproduzido com a Crunchyroll, e Combatants Will Be Disptached!, que teve envolvimento de múltiplas empresas como Funimation, GeeX+, Yen Press e BookWalker Global. Essas foram colaborações internacionais onde a Kadokawa teve a liberdade que queria.
Crescimento internacional tornou-se a principal prioridade da Kadokawa. Mesmo com a pandemia de Covid-19 e os endurecimentos da regulação chinesa, a empresa não freará suas ambições globais. Kiyohara declarou estar confiante no cumprimento da meta de lançar 40 novos animes no próximo ano fiscal.
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