Disney+: serviço perdeu 4 milhões de assinantes durante 2023

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Ao apresentar seus resultados do segundo trimestre fiscal na última quarta-feira (10) a Walt Disney Company “ligou o sinal amarelo” ao destacar a observação cuidadosa que vem fazendo do andamento do Disney+ e o prejuízo que vem obtendo em seus rendimentos (via THR).

De acordo com as informações divulgadas, o número total de assinantes do streaming caiu de 161,8 milhões registrados no trimestre anterior para 157,8 milhões, o que indica um abandono de 4 milhões de consumidores. No entanto, vale destacar que a maior parte desse êxodo de público ocorreu especialmente no Disney+ Hotstar, versão do serviço que opera na Índia. Na América do Norte, o déficit se deu de forma mais modesta, com queda de cerca de 300.000 assinantes entre americanos e canadenses. Curiosamente, o público do Hulu manteve-se relativamente estável e até o ESPN+ arrematou para si aproximadamente 400.000 novas assinaturas.

Outra razão para parte da baixa dos lucros reveladas em relatório se deu também por alguns desafios que o Grupo Disney vem enfrentando de forma contínua no segmento de televisão linear, com aumento dos direitos de competições esportivas e dos custos de produção em canais como a ESPN, o que seu deu juntamente com a diminuição da afiliações e dos ganhos com publicidade.

Já entre os maiores êxitos da corporação liderada atualmente por Bob Iger está o ramo de parques temáticos, que voltou a crescer exponencialmente em nível internacional graças ao fim das restrições de COVID-19, com aumento de receita em mais de 100%, chegando a US$ 1,2 bilhão em arrecadação.

A receita total registrada pela Disney no trimestre foi de US$ 21,8 bilhões, 10% a mais que no ano anterior, com receita operacional do segmento de US$ 3,3 bilhões. Em seu atual momento, Iger e a alta cúpula da empresa tem empregado esforços para reduzir custos que ajudem o segmento de streaming a tornar-se rentável através de uma estrutura que reduza a quantidade de postos de trabalho, o que já ocasionou o corte de 4.000 funcionários, proporcionando por tabela um gasto aproximado de US$ 152 milhões em rescisões contratuais durante o referido trimestre fiscal.