Devil May Cry: Adi Shankar fala sobre seu objetivo com esta adaptação

A nova série animada de Devil May Cry, produzida pelo Studio Mir (Minhas Aventuras com o Superman), estreou recentemente na Netflix e até foi renovada para uma segunda temporada. No entanto, a produção conquistou algumas críticas por parte dos fãs mais fervorosos, ao mesmo tempo em que conquistou vários novos entusiastas.
Em uma entrevista para o Animation World, Adi Shankar comentou sobre seu objetivo em produzir esta nova adaptação. Adi é um parceiro de longa data da plataforma, tendo sido responsável por Castlevania e Capitão Laserhawk.
“Como fã dos jogos originais, eu sabia que esses personagens eram icônicos por um motivo. Eu queria explorá-los nas versões mais jovens desses personagens que já vimos. Mas, ao mesmo tempo, eu não queria alterá-los a ponto de ficarem completamente irreconhecíveis“.
Ele ainda diz que gostaria de focar nos personagens, ao invés da experiência dos jogos, também falou sobre mostrar um Dante entendendo mais sobre si e não chegar super poderoso logo de cara. Sobre a ação, sua inspiração foram os filmes do início dos anos 2000 como Matrix e Bad Boys.
“Nesta série, você vê Dante se tornar o cara que você conhece. Ele está no processo de descobrir tudo. É um rapaz com potencial ilimitado, mas não está treinando. Ele está jogando ‘Dance Dance Revolution’. Nos jogos, Dante não levar a sério pode ser bem divertido. Mas, nesta história, quando ele ainda está descobrindo quem ele é, é em seu detrimento que ele encara essas lutas como um jogo.
Eu queria fazer para o Dante o que Christopher Nolan fez para o Batman. Eu queria pegar esse personagem de jogo e colocá-lo no mundo real. Abordei isso como um sucesso de bilheteria do início dos anos 2000, como Matrix, Eu, Robô e Bad Boys, que têm essas sequências de ação exageradas. Mas não se tratava tanto de capturar a experiência de jogar, mas sim de capturar os personagens e a essência desses personagens“.
Adi ainda completa que gostaria de fugir do seguro, citando protagonistas como Blade ou Rambo, que trazem a sensação de ‘tudo vai ficar bem’ para o público.
“Muitas vezes, os protagonistas são essencialmente apenas uma coisa. Rambo, Blade, até mesmo os personagens de Clint Eastwood e John Wayne, são esses caras durões que são apenas uma coisa. E isso cria uma sensação de segurança para o público. Resident Evil é aterrorizante até você perceber que está jogando como um cara extremamente poderoso que pode derrotar todos esses monstros. Eu queria fugir disso“.
Na entrevista, Shankar explicou o fato da série não se passar à noite. Como esta é uma versão mais jovem do Dante – que ainda está descobrindo quem é – o produtor não viu sentido em colocá-lo melancólico e excessivamente sombrio, segundo o próprio. Adi diz que este enredo não se encaixa na proposta desta animação.
Baseado nos jogos da Capcom, Adi desenvolveu esta série ao lado de Alex Larsen (Yasuke), e apresenta as aventuras do caçador de demônios conhecido como Dante. Você pode conferir nossa análise, clicando aqui.
Devil May Cry está disponível na Netflix, com as opções de dublagem e áudio original com legendas em português.
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