Blood C é um anime lançado em 2011 e foi uma coprodução entre o estúdio Production I.G e o grupo CLAMP. Esta é a segunda série da franquia Blood; a primeira, chamada Blood+, chegou a ser exibido no Brasil através do antigo canal Animax.
O anime segue uma colegial conhecida como Saya e diferente de sua versão em Blood+ que caçava criaturas vampirescas, esta deve caçar outro tipo de criatura: demônios. Sendo assim, todos os dias após retornar da escola, a jovem é recebida por seu pai que lhe entrega uma espada e a incube de ir acabar com algum demônio que tenha aparecido pela região.
Como o grupo CLAMP está presente na produção, algumas características do grupo serão notadas, tais como o ambiente escolar e o visual dos personagens. Saya, inclusive, foi desenhada pelas mangakás do CLAMP que revelaram que gostariam de dar um apelo mais humano para a protagonista, e funcionou, o telespectador consegue se sentir próximo da personagem e torcer por ela.
Costumo dizer que Blood C são três animes em um: o primeiro seria um shoujo comum, onde a protagonista é uma colegial que lida com problemas cotidianos, tais como, a escola, seus amigos ou o cara bonitinho que ela nutre sentimentos para apenas no final do episódio ela ir lutar contra seres do mal. O segundo muda de shoujo para um terror, as cenas de luta se tornam mais sangrentas e brutais, os demônios começam a deixar um sentimento desconfortável em quem está assistindo, afinal, antes a vitória de Saya era certa mas agora a situação vai ficando mais complicada e você sente o terror atacando os moradores da cidade e a própria Saya que deve lidar sozinha com a situação. Nesta segunda parte também ocorre a principal revelação da trama e que dá o gancho para o terceiro anime. No terceiro, a trama vira algo policial, o foco é nas questões burocráticas que ocasionaram todo o desastre que aconteceu anteriormente e Saya busca vingança por tudo o que acabou sofrendo.
Pode parecer bastante coisa para um anime que possui apenas 12 episódios, contudo, as situações acontecem de forma bem amarrada e a tensão é crescente. O anime, entretanto, não termina no 12º episódio, ele possui um filme lançado um ano após o seu término, em 2012, que finaliza o que foi visto na série chamado Blood C: The Last Dark, o “terceiro anime” citado no parágrafo anterior situa-se neste longa-metragem.
Como dito anteriormente, a protagonista irá te conquistar pelo carisma que ela possui, nos primeiros episódios sua rotina se baseia em acordar, ir até a cafeteria que fica em frente à sua casa e admirar o rapaz que ela gosta e logo depois se dirigir para a escola enquanto canta uma musiquinha feliz, no fim do dia retorna para a casa para receber e cumprir a missão que seu pai lhe entregar. Isso é reconfortante e traz um clima leve para a história, mas, isso não irá durar para sempre e aos poucos essa rotina vai começando a se quebrar. O mundo de Saya não desaba de vez, são com pequenas atitudes e falas que ela, junto com o telespectador, vão começando a entender que algo nesta situação não está certa.
Demônios começam a cobra-la sobre o cumprimento de um contrato e é a partir destas cobranças que o quebra-cabeça vai se formando e as peças irão começar a se encaixar. O mundo de Saya sofre uma grande reviravolta e as máscaras de todos que ela jurava conhecer começam a cair.
A qualidade das cenas de luta e a estética dos personagens no anime são excelentes e a trilha sonora é algo que também deve ser mencionado já que sua música de abertura empolga do início ao fim. A banda que ficou encarregada desta canção chama-se Dustz e com o seu vocalista sendo franco – japonês ambos os idiomas foram mesclados na música. A canção de encerramento da obra é algo belo, a cantora Nana Mizuki foi a responsável por dar voz a canção, Nana também foi a dubladora de Saya no anime e também é a autora desta música, a cantora diz que se inspirou na personagem para escrever a letra.
Blood C merece uma conferida, a mistura de gêneros, o carisma da protagonista e o ótimo roteiro farão esta caminhada ser muito agradável.
*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*
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