As franquias intermináveis que ninguém pediu

Divulgação. © Paramount / Hasbro

A hora de dar um basta. Nunca se foi tanto ao cinema e nunca se consumiu tanto da indústria como agora. Com uma infinidade de produções lançadas uma sob as outras fica até difícil acompanhar tudo, mas, e quando se já está mais do que óbvio que chegou a hora de parar? Talvez em Hollywood esse contexto se quer exista. Algumas franquias se sobressaem diante as outras, é sabido, contudo, não é uma particularidade para todas.

Divulgação. © Paramount / Hasbro

Quando desembarcou em 2007, Transformers realmente foi o boca a boca da época. Ame ou odeie. Foi um experiência extraordinária poder assistir às máquinas gigantes em combate. A feroz batalha entre duas raças alienígenas. O ritmo acelerado de Michael Bay e as cenas eletrizantes arrastaram multidões aos cinemas. A galera aprovou. Lá atrás, quando se era deslumbrante de contemplar. Mas agora.. O ‘Último Cavaleiro’ de nada tem de especial. E a bilheteria reflete bem o desgaste; mas como o sinônimo em Hollywood ao se fazer um sucesso é explorar as possibilidades..

Divulgação. © Disney

Ah Piratas do Caribe… Quem aí pediu quatro filmes? Na verdade cinco, agora. Uma premissa interessante de um pirata irreverente na pele de um ator de requinte. Não podia dar errado. O primeiro filme foi um sucesso, e como, aqui, “tudo que é bom deve durar um pouco mais“, vieram-se mais filmes.

Divulgação. © Capcom / Sony Pictures

Mas e quando as possibilidades em torno de uma determinada franquia se esgotarem. O que fazer? Desistir? Abrir mão? Nada disso. A palavra da vez é reboot. Na verdade remake também. Afinal de contas, é possível sempre se superar em Hollywood.

A grande questão é, nenhuma franquia é infinita. Ela pode sobreviver em todo seu esplendor e glória por muitos anos quando bem desenvolvida – Universos como Marvel e Harry Potter estão aí pra provar -, mas irá fracassar quando esbarrar em materiais que não são de forte para maiores expansões.

Ao que bem me parece, os grandes produtores tem buscado recorrer a outras fontes que nunca foram devidamente exploradas para que talvez tenham algum sucesso, os mangás, como um bom exemplo. Não haveria problema nenhum se essa exploração viesse de pessoas realmente apaixonadas pelo que fazem – não por dinossauros engravatados.

Divulgação. © Paramount Pictures

Não que uma franquia não possa ser reinicializada e trabalhada novamente, mas quando da maneira certa, com calma, e um passo de cada vez. Com o conhecimento pleno do que se está e como fazendo. Visão em enxergar até onde se pode ir e se errar, saber quando parar, ou até, como dar a volta por cima; muito embora esta última se mostre muito menos provável.

Sendo cinéfilo de carteirinha, é claro que gostaria que cada trabalho feito em Hollywood tivesse o desenvolvimento pleno necessário, mas em alguns casos, o produto está imerso em tamanha e única obrigatoriedade de lucro que é algo praticamente impossível.

A decisão do que se ver na tela grande cabe a cada um, você é quem paga o ingresso, mas também cabe a você direcionar os rumos da indústria.