Análise | The ice guy and his cool female colleague | Inexpressivo como seus protagonistas
Zero-G/Liber/Crunchyroll/Divulgação
No último dia 22, chegou ao fim a primeira temporada da adaptação do mangá de Miuki Tonogaya, The Ice Guy and His Cool Female Colleague, que como o título já deve deixar bem explícito, vai tratar da relação que existe entre Himuro-kun, um homem das neves, e sua companheira de trabalho, a humana Fuyutsuki-san. A produção, que vem assinada por um time de seis produtores, uma direção de Mankyuu (30-sai no hoken taiiku; Bar Kiraware yasai; Cinderella Girls Gekijou) e direção de arte de Eiji iwase (Bakugan Battle Brawlers, No game No Life:Zero) tenta fazer com que a relação do homem das neves e a colega de trabalho introvertida, seja um atrativo aos olhos do público que, por ventura, venha gostar desse tipo de perfil de personagens mais blasé. O resultado disso ? algo tão divertido quanto assistir um gelo derretendo.
A ideia de trabalhar dois tipos de frieza que eventualmente acabam por resultar em uma relação amorosa não é de todo ruim mas tão pouco se torna um dos desafios mais fáceis de ser contornado, e é justamente nesta curva que o trenó do anime dos estudios Zero-G e Liber derrapa e sai capotando ate virar uma grande bola de puro tédio. Apesar da tentativa de fazer himuro-kun ser o ponto mais empolgante do casal protagonista, a ideia de ver alguém sempre se controlando é incomoda e rapidamente deixa o aspecto fofo pra se tornar um recurso batido que ainda é aplicado várias e várias vezes. Já o seu interesse romântico, a tal colega de trabalho legal, é tão Cool quanto uma espera num consultório médico e isso é o máximo que se pode dizer dela. A tarefa de equilibrar dois personagens tão apáticos (um por opção e outro por ser naturalmente) é complicada e não tão bem exercida por seu roteiro. A obra só não fica pior, quando sua direção parece não querer deixar o desleixo tão na cara e começa a fazer um uso maior e por vezes mais acertivo de seus personagens coadjuvantes para dar uma animada da historia.
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E por falar em elementos preguiçosos, não estranhe se encontrar no roteiro de The Ice Guy, um ou outro furo, já que pelo visto, sua produção não pareceu ligar muito pra lógica em certos momentos como, por exemplo, dois personagens saírem de um mesmo ponto, ao mesmo tempo, para irem ao mesmo lugar, e ainda assim só se reencontrarem no ponto de chegada, com vários minutos de diferença. A animação também não foge a regra e é bastante pobre aos olhos do espectador logo de cara. São quadros praticamente estáticos aonde a movimentação é mínima e alguns efeitos visuais que, com muita sorte, são medíocres. No entanto, há algumas notas de frescor na produção que talvez se salvem. Seus temas “Frozen Midnight” de Takao Sakuma e “Rinaria” de Nowlu, para abertura e encerramento, respectivamente, são escolhas corretas e que se encaixam bem na proposta relaxante que o anime tenta passar.
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A impressão que se tem ao assistir The Ice Guy and His Cool Female Colleague, é que o anime pode ser algo considerado tanto como esquecível quanto um apenas “ok”, se você não tiver mais nada interessante para assistir e apenas quiser se distrair com algo super diluído sem nada de muito relevante pra se atentar. É definitivamente um produto que, se consumido em esporádicos momentos, como seu próprio período de exibição original empregou, talvez seja algo que se possa aproveitar com uma certa leveza. Mas como um produto a ser consumido de forma única, definitivamente não recomendaria uma maratona. Nessa fria eu não me meteria nem se me pagassem.
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The Ice Guy and His Cool Female Colleague está disponível no serviço de streaming Crunchyroll e conta com 12 episódios legendados.