Análise: The Dark Pictures House of Ashes

Supermassive Games / Bandai Namco / Divulgação

Autoria: Henrique Zanardi

The Dark Pictures: House of Ashes é mais uma antologia feita pela desenvolvedora Supermassive Games e distribuída pela Bandai. Aqui, novamente o curador nos guia a mais uma de suas várias histórias.

Estamos no ano de 2003 e somos um grupo de fuzileiros em missão para achar armas químicas no Iraque, em uma trama inicial com bastante enfoque político. Ele apresenta fuzileiros americanos contra soldados iraquianos, porém, nem tudo é o que parece: existe um terceiro fator misterioso que o jogo desenvolve, o que é válido, pois até certa parte da história temos medo de algo que nem ainda foi apresentado.

Os personagens não são tão bons, acabam caindo clichês de filmes com fuzileiros de antigamente, mas um em particular tem uma boa razão pra sobreviver e existe uma boa cena de dois personagens juntos que mostra o passado deles.

Supermassive Games / Bandai Namco / Divulgação

House of Ashes tem um ar de filme de terror dos anos 80 e 90, que trás uma nostalgia muito grande para quem é da época e cresceu assistindo a produções do tipo.

As criaturas são bem interessantes, totalmente diferentes das demais antologias apresentadas mas que, além disso, talvez tenham uma leve inspiração em Alien: O Oitavo Passageiro e Um lugar Silencioso. Existe uma revelação muito interessante sobre as criaturas no qual não se espera, o que faz a gameplay ter constantes revelações. Nota-se que a Supermassive tem trabalhado muito bem com a proposta de “nada é o que parece ser”.

O poder da narrativa do jogo é forte, então se tiver a oportunidade de jogá-lo por si só, faça-o, pois isso tornará a experiência mais apropriada. Assistir qualquer tipo de gameplay antes de jogar, pode não lhe chamar a atenção, pois cada jogador tem a opção de escolher quem vive ou quem morre, praticamente. Isso fará com que o jogo possua um fator replay muito grande, ainda mais para aqueles que estiverem buscando todos os finais e colecionáveis.

Jogabilidade e Gráficos

Assim como todos os jogos até então lançados da Supermassive, temos aquela mesma “receita de bolo”, com um grupo de personagens os quais precisamos desenvolver seus relacionamentos pessoais e até amorosos. É possível fazer decisões que comprometam totalmente sua narrativa e inclusive, fazer personagens importantes morrerem a qualquer momento, então fique esperto. Durante o jogo, você encontrará várias placas indicando futuros possíveis, como os totens em until dawn, ou os quadros em little houpe. Se apegar a algum personagem com certeza lhe frustará, pois ninguém está a salvo.

Supermassive Games / Bandai Namco / Divulgação

House of Ashes possui alguns problemas de renderização, como rochas renderizando ou em locais abertos, algumas casas que também renderizam enquanto rola o jogo, mas nada que atrapalhe. Não presenciei nenhum tipo de bug ou problemas com a inteligência artificial. Em alguns momentos, você precisa andar acompanhado e não presenciei o outro boneco parado ou com a cara na parede, o que é muito bom. A captura de movimento dos atores são ainda mais pouco plásticas, visto uma cena de beijo no início da gameplay.

Você verá constantes loads entre uma cena e outra, o que é justificável, pois acredito que nessa hora o jogo deve estar “calculando” suas decisões tomadas para direcionar a inúmeras possíveis próximas cenas.

Uma coisa que era um problema em little houpe e que foi consertada foram as legendas, agora maiores e mais nítidas. Para quem não tem a oportunidade de jogar o jogo e a única opção é assistir em gameplays (e que não domine a língua inglesa, claro), poderá acompanhar as legendas sem problemas.

House of Ashes é mais um ótimo título pra quem procura uma história com uma boa narrativa e fãs de filmes produzidos até a década de 2000, mas que ainda precisa refinar seus personagens, contando com legendas em português e áudio em inglês.

Agora, Bandai, um pedido dos seus fãs brasileiros: realizar a dublagem/localização dos jogos seria de grande ajuda, praticamente um desejo unânime para quem é fã de filmes antigos e que presa por uma boa narrativa.

Agradecimentos ao nosso colaborador especial Henrique Zanardi

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV.*