Análise – Tales of Arise: o novo JRPG da franquia

Bandai Namco Entertainment / Divulgação

Autoria: Henrique Zanardi

Mais um jogo da famosa saga JRPG, Tales, chegou, mas… vale a pena?

História

No mundo de Tales of Arise existem 5 grandes nações que competem uma contra a outra para ver quem será a mais forte a assumir todas as nações. Cada uma possui um lorde com um elemento da natureza como arma.

Você se encontra na pele do máscara de ferro que é o protagonista sem rosto e sem passado, a única coisa que sabemos é que ele faz parte de um povo chamado dahnianos e um escravo do povo imperialista chamado rehnanos. O mascara de ferro tem um poder diferente de não sentir dor, porém, ainda pode ser ferido. Em uma rebelião junto com o líder dos rebeldes o mascara de ferro conhece Shionne que acaba virando uma das futuras companheiras da sua party e a sniper do time.

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Ao decorrer do jogo descobrimos que o nome do máscara de ferro na verdade é Alphen E; ele possui um passado misterioso que é desvendado conforme a campanha avança.

Por mais que Alphen tenha essa habilidade especial, é necessário que o mesmo seja curado e ele é o único a poder utilizar a espada flamejante por justamente não sentir dor, espada essa que só está em domínio de Alphen por Shionne carregar o núcleo de fogo.

Conforme o jogo avança conhecemos mais 4 personagens, são eles: Rinwell, que é a maga do jogo; Law, o strike; Kisara, portadora de um grande escudo e por fim Dohalim, o mais experiente do grupo. Cada personagem tem suas próprias habilidades e seu próprio estilo, o que faz com que o game tenha um fator replay muito alto e te possibilita a escolher o seu favorito na hora de jogar — e mesmo que apresente alguns plot twist, a trama não apresenta nada muito fora do comum, o que o torna no todo um pouco clichê.

Gameplay

A mecânica do jogo é bem dinâmica e fluída, os controles respondem bem e para quem não está familiarizado com a série ainda assim vai se deparar com bons personagens e horas de gameplay.

Como Tales é um jogo no melhor estilo RPG japonês, você irá se deparar com muitos diálogos, os quais nem sempre são tão importantes assim, com mais opções no canto da tela, então basta apertar R1 se estiver no PS4; existe também um sistema de checkpoint onde o jogador pode descansar para recuperar o seu HP, internamente chamado por “Acampamento” —  fogueiras distribuídas nos mais de 30 mapas do jogo. Lá, também é possível ver cutscenes e preparar comidas que te dão bônus temporário na sua gameplay.

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Como dito antes é possível jogar com todos os 6 personagens de sua equipe, onde 4 participam da batalha e 2 como suporte e a qualquer momento você pode trocar os personagens, inclusive durante a batalha.

Arise oferece a possibilidade de gameplay automática e semi automática, onde caso você queira apenas acompanhar a história é possível programar as Ars, que são as magias do jogo e deixar que a máquina combate por você; contudo, o único problema nesta opção é que, quando o modo estava ativado, ao se tomar um dano, o personagem não mexia. Foi necessário eu assumir o controle, terminar a batalha para que aí sim, tudo voltasse a normalidade. Tales conta ainda com 2 mini games, um de fazenda e outro de pesca, bem similar ao visto em Final Fantasy 15.

O jogo está repleto dê missões secundárias e é aconselhável que o jogador realize-as para ganhar pontos de habilidades. Esses pontos de habilidade podem ser comprados no menu do jogo e cada personagem possui sua própria árvore de habilidade, em um total de 400 habilidades.

Uma coisa que pode frustrar é o fato das missões secundárias não possuírem indicação de nível, logo, você pode se deparar com secundárias simples como minerar materiais para realizar a forja de itens ou simplesmente se deparar com boss Level 60. (Lembrando que só é possível ver o nível do Boss assim que entra na batalha).

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Nos mais de 30 mapas que o jogo oferece é possível encontrar mercadores, os famosos NPCs que vendem materiais, armas, armaduras, artefatos e também é possível forjar itens e vende-los caso não os queira mais.

Vale a pena mencionar que o jogo tem uma dificuldade normal, beirando ao difícil e o que pode ser decisivo no jogo é justamente o seu estilo de jogo, pois se for um jogador que não esteja acostumado com o sistema de RPG e seja mais agressivo, talvez você acabe passando por uma maior dificuldade, porém se já estiver acostumado, acredito que não enfrentará grandes problemas, mas ainda assim, se mostra bastante desafiador.

A grande verdade é que terminei o meu jogo com cerca de 60 horas, sendo que através do menu do jogo vi que das 60 horas apenas 11 foram de gameplays. Arise por si acaba sendo grande, porém não necessariamente pelo seu conteúdo, mas sim por sua história, que é um pouco maçante levando em consideração a sua metade para o final.

Gráficos

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Tales of Arise apresenta gráficos belíssimos, desde o cenário até as partículas e ambientações. Você vai passar por locais repletos de neve, lava, água e tudo é bem feito e trabalhado. Há também cidades repletas de NPCs e durante minha jogatina não presenciei qualquer bug, além das melhores aberturas e encerramentos naquele estilo anime que conhecemos.

Para quem não conhecia a franquia e esse é seu primeiro jogo, acredito que seria interesse correr atrás dos títulos passados da série para que expanda o seu conhecimento na mitologia de Tales, mas não se preocupe, você não ficará perdido.

Tales of Arise já está disponível para PC, PS4 e PS5 e Xbox One e Xbox Series X|S.

Agradecimentos ao nosso colaborador especial Henrique Zanardi

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*