Análise: Relic Hunters Legend – vão-se as balas e ficam as memórias

Rogue Snail / Divulgação

Todo jovem que se preze, inicia suas aventuras dentro da sala de aula. Tudo que ocorre na escola é um aprendizado imenso, que leva a exaustão todos que estiverem nesse ambiente maravilhoso aonde, até nas aulas de artes, se descobrem talentos até então desconhecidos. Porém nesse caso, em uma aula de história, um portal literalmente se abre para Seven, o protagonista do signo de estrela que se vê em meio à uma missão surreal no resgate das memórias, combatendo contra as forças do Duque Duncan, que estão prestes a destruir a estrutura que define passado, presente e futuro: estamos em Relic Hunters Legend.

Mas como é uma tarefa impossível de se realizar assim, do nada, o jogador é convidado a seguir um treinamento bastante didático, logo após responder um divertido questionário que inclui a definição de identidade de gênero, se inserindo aos poucos nas regras do jogo e no funcionamento da jogabilidade na prática.

Com uma gradativa apresentação de recursos básicos de sobrevivência rebelde, que acontece da forma mais inusitada, o jogador se depara com o surgimento do seu primeiro amigo, o Ace, um simpático burrinho que procura sua mochila perdida e que para resgatá-la, é preciso enfrentar, literalmente, um teste de treinamento, ao travar uma batalha contra o chefe das Traztarugas.

Rogue Snail / Divulgação

Assim, o mais novo integrante dos caçadores de relíquias é inserido ao grupo reunido para mais essa aventura. Aos moldes de RPG looter shooter e desenvolvido pelo estúdio brasileiro Rogue Snail, o jogo deixa em evidência sua identidade cultural por meio de easter eggs, tendo uma galeria de artes visuais digitais feita por artistas brasileiros, além de uma quadra de futebol que tem uma trave definida por um par de chinelos dentre tantas outras referências inseridas nos textos e falas com dublagem em português. Um conjunto de elementos que compõem os ambientes a serem explorados com auxílio de mapas e identificando aliados, inimigos, itens, bem como oferecendo condições de planejamento estratégicos para o avanço em cada fase que oferece um visual dramático, repleto de tantas outras regiões para conquistar, resultando em uma infinidade de missões rápidas.

Tudo devidamente registrado em inventários organizados de forma intuitiva, oferecendo um fácil acesso às informações e itens coletados ao longo das missões, contando com a ajuda de personagens que aparecem ao longo do jogo, como é o caso da Teena, uma das principais responsáveis pela organização dos Hunters, que colabora com a estruturação do armazenamento, que adora um método gamificado, cativante, pois ao passo em que se eleva o nível de experiência ou se acumula recursos, são disponibilizados equipamentos lendários, que somente os habilidosos podem manusear.

Rogue Snail / Divulgação

Mas o melhor está mesmo na interação dentro do game, inclusive durante as batalhas, o momento mais frenético do jogo, onde todas as habilidades são postas a prova. Avançar derrotando o inimigo sempre na dianteira é a melhor estratégia a ser empregada, para depois resgatar os itens ao longo da fase, antes de encerrar o tempo de permanência na partida e ser o destaque entre os Hunters, hankeando com status favorável para participação em rodadas multiplayer.

Divirta-se também dialogando com os personagens antes e depois das batalhas. Eles lhe garantirão uma conversa descontraída, outros até te oferecerão comidas e bebidas duvidosas, além de darem orientações para seus próximos passos no jogo. Além, é claro, dos meios de comunicação para multiplayers reais e síncronos para deixar o papo em dia, bem como definir a melhor forma de vencer as próximas fases.

Rogue Snail / Divulgação

Este é um título completo, envolvente até mesmo com seus efeitos sonoros e trilhas sonoras. Seria bom se houvessem mais formas de treinamento, para desenvolver ao extremo o uso dos equipamentos, talvez até uma prévia apresentação de outros recursos que não estejam disponíveis para ver seu funcionamento como incentivo de conquista desses recursos. Parecer um jogo sem fim é oferecer ao jogador uma diversão à exaustão, se surpreender a cada feito realizado, viver o presente, resgatar o passado e se preparar para o futuro.

Relic Hunters Legens está disponível para Nintendo Switch, Xbox One, PlayStation 4 e PC.

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*