Análise: O Dragão de Rozan | uma carta de amor aos Cavaleiros do Zodíaco

Em 2014 chegava aos cinemas um filme em computação gráfica chamado Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário, apesar de ser um longa animado mediano, gerou uma grande expectativa entre os fãs, que voltaram a se interessar pelo anime, com muitas pessoas trocando ideias sobre as teorias da série a ponto de repopularizar a franquia.
Anos mais tarde, a Toei Company realizou uma nova adaptação do anime, desta vez como um live-action, intitulado Os Cavaleiros Do Zodíaco – Saint Seiya: O Começo. Infelizmente, este longa não causou tanto impacto como a versão de 2014, além de terem remodelado tanto a história a ponto de não fidelizarem com a versão original. Gerando indignação aos diversos fãs do anime.
No Brasil, a animação marcou tanto e cativou várias pessoas que acabou-se produzindo muita coisa de fã para fã em nosso país como, por exemplo, A Saga dos Deuses escrita por Diego Maryo e – mais recentemente – um fan-filme: O Dragão de Rozan.

Desenvolvido pela RaciociNando Filmes, que já produziu os fan-filmes A Lenda de Fênix (2018) e Doug na Vida Adulta – ambos disponíveis no YouTube, a trama foca em Shiryu (Ralph Tung) que é confrontado por um guerreiro deus chamado Erik (Raul Dimas), que deseja desafiar o Cavaleiro de Dragão.
Este desejo é motivado por vingança após Dohko de Libra derrotar Alberich 13° e, para isso, sequestra Shunrei. Entretanto, o maior empecilho à sua luta seria a regra de não utilizar as armaduras por motivos pessoais – somente para servir e proteger a deusa Atena. Assim, Shiryu fica em desvantagem, precisando enfrentar Erik sem a armadura.
O maior destaque fica por conta dos dubladores. Apesar de ser uma produção nacional, a utilização de dubladores clássicos como Elcio Sodré dublando Ralph Tung praticamente rouba a cena e nos dá uma sensação mais reconfortante, feito principalmente para os fãs. Além do Elcio, Sergio Moreno dubla o ator Gutemberg Lins, que interpreta Dohko de Libra; Luciana Baroli faz a voz de Mel Matsumoto que interpreta Shunrei e ainda temos a narração de Renato Márcio como Mestre Ancião.
Outro destaque é a atuação do dublador Bruno Sangregório que não só dubla a si próprio, mas também atua de carne e osso como Alberich 13°. Sua caracterização, com sua fisionomia, combina bem ao estilo viking dos guerreiros deuses de Asgard e entrega uma luta memorável contra Dohko de Libra.

O que posso avaliar é que O Dragão de Rozan é um filme realizado para agradar aos fãs mais fiéis. Por mais que possa ter suas falhas, o sentimento que o curta entrega faz com que não reparemos muito nestas questões técnicas. Tudo, incluindo a trilha sonora, é feito de forma cuidadosa e temos referências a diversos momentos do anime.
Depois do desastre de Os Cavaleiros Do Zodíaco – Saint Seiya: O Começo, que foi um insulto aos fãs mais antigos, O Dragão de Rozan é uma verdadeira aula de como fazer um live-action de Cavaleiros do Zodíaco.
Nota: 9/10
O Dragão de Rozan teve sua pré-estreia nos cinemas dia 3 de maio e ainda não há data de lançamento no YouTube.
As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*
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