Análise: Moonstone Island – fé na alquimia emocionada

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Ser alquimista na flor da idade é uma rara condição de seguir uma aventura em mundo aberto, longe de levar uma vida comum, mesmo com tantos afazeres que são precisos tomar nota para se organizar. Capturar e criar criaturas ou espíritos selvagens, cultivar plantas, coletar itens, criar objetos, utilizar mapas, são funções gamificadas, com simulador de encontros capazes de desfocar qualquer treinamento alquímico.

Studio Supersoft / Divulgação

Mas ainda assim seria uma opção que um RPG pode oferecer principalmente em Moonstone Island, onde esse simpático personagem de cabelos brancos que se apresenta como um ser intelectual, misterioso, puro e bondoso desde seus primeiros momentos no jogo, é estimulado pelo seus pais a seguir uma nova etapa na vida e de posse da pedra moonstone para abrigar espíritos e levá-los para lugares que julga serem adequados para serem devidamente cuidados, se tornando ótimos companheiros onde quer que estejam ao longo dessa jornada de um ano longe de casa, em viagens de vassoura mágica, balão, até mesmo de planador, lembrando muito os animes de Hayao Miyazaki.

Como um longo período longe de casa requer formas de comunicação, caixas de correspondências e entregadores alados aparecem com mensagens e cartas que nos aproximam de todos que queremos bem, onde quer que estejam. Outros elementos de jogabilidade também são apresentados aos poucos, que são aparentemente complexas, mas igualmente convidativos para utilizar sem medo de ser feliz. Entre elas estão as ferramentas e objetos que nosso protagonista carrega ou encontra durante suas jornadas, de acesso imediato aos comandos do controle ou teclado, bem como as que alguns NPCs possuem e colaboram com os avanços do jogo de acordo com suas habilidades como marceneiro, botânica, cientista, entre outros.

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Outro fator interessante é o uso do gênero neutro em meio aos diálogos, que permitem a todos os personagens se identificarem como o jogador escolher, o que faz refletir inclusive sobre a identidade híbrida do nosso alquimista, bem como tornar suas emoções outro elemento fundamental para o desenvolvimento de sua aventura. Isso, é claro, de acordo com o desenvolvimento de seus diálogos e objetivos, capazes de criar situações inusitadas e descontraídas, explorando as possibilidades oferecidas pelo jogo. Estimulando inclusive suas batalhas, utilizando seus espíritos e suas habilidades definidas por cartas estratégicas contra os demais que surgem em meio as várias ilhas repletas de desafios.

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Gradativamente os afazeres vão se apresentando e em meio a eles o senso de responsabilidade em realizá-los. Dando a devida atenção para evitar excesso de trabalho ou conflitos com os outros personagens, tudo em nome do cuidado e bem estar relativos à convivência, servindo como um belo aprendizado para a vida, oferecendo ao mundo novos alquimistas nativos digitais.

Dessa forma, a diversão é garantida nesse jogo fofo e de gráficos pixelados isométricos, para por a mão na massa em suas construções, praticar a piscicultura, agricultura, fabricações, mineração, gerenciamento de atividades que te fazem se sentir ocupado diante de tantas tarefas e ao mesmo tempo em contato com os elementos da natureza nesse mundo aberto de fantasia.

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*