Análise – Monarch: Legado de Monstros funciona mesmo mostrando pouco do astro principal

Apple/Reprodução

A Apple TV+ estreou em sua plataforma uma série nível blockbuster e conectada a uma grandia franquia do cinema: Monstroverso. Intitulada Monarch: Legado de Monstros, a produção promete nos apresentar novos kaijus além daqueles já conhecidos.

Na cronologia oficial, ela está inserida logo após o primeiro filme do Godzilla, no entanto, o monstrão não aparece tanto quanto gostaríamos. Pelos menos nestes cinco primeiros capítulos transmitidos. Vale lembrar que esta não é a primeira série deste universo, a Netflix estreou meses atrás uma animação com foco no Kong: A Ilha da Caveira.

Contudo, a série animada não se conecta muito com os acontecimentos dos filmes, algo que Legado de Monstros se difere. Afinal, o principal objetivo aqui é contar a história desta curiosa organização que está a par dos acontecimentos envolvendo os Kaijus, tal qual a S.H.I.E.L.D. está envolvida com seres superpoderosos na Marvel e a A.R.G.U.S na DC Comics.

Apple/Divulgação

O programa se passa em duas linhas temporais diferentes, uma na década de 1950 e outra nos “tempos atuais”; lembre-se que a trama ocorre após Godzilla, por isso o atual deles é 2015. No passado, temos dois cientistas: Keiko Miura (Mari Yamamoto) e Bill Randa (Anders Holm), além de um militar – Lee Shaw (Wyatt Russell). Eles possuem uma grande importância para o início da organização.

No presente, somos apresentados à uma família com segredos: uma jovem chamada Cate Randa (Anna Sawai), que viaja ao Japão para descobrir mais sobre o seu pai, mas acaba conhecendo a outra família dele… incluindo um irmão que atende pelo nome de Kentaro (Ken Watanabe).  Junto com eles está May (Kiersey Clemons) e a versão mais velha de Lee Shaw interpretado por Kurt Russell. O pai de Cate e Kentaro possuía ligações com a Monarch e os irmãos irão investigar sobre esta conexão de sua família com a misteriosa empresa.

Por se tratar de uma série, o desenvolvimento humano possui um foco maior afinal, gastar muito dinheiro com monstros de CGI em todos os capítulos pode não ser uma ideia muito rentável. Porém, tenha em mente que este é um blockbuster em formato de programa para a TV e a tensão e o crescimento do mistério aqui retratados com certeza irão te fazer ficar ansioso pelo episódio seguinte, mesmo que não tenha uma criatura nova a todo o momento.

Apple/Divulgação

É interessante que esta história mostra um pouco da rotina das pessoas pós-ataque do Godzilla. No Japão, por exemplo, bunkers foram criados para as pessoas se protegerem caso o monstro apareça de surpresa, o mundo ainda não possui um conhecimento maior sobre os demais kaijus existentes no planeta, incluindo o Kong. Sua maior preocupação é o Godzilla e o seu possível retorno.

Cate, inclusive, é alguém que esteve presente em São Francisco durante o Dia G – como o primeiro ataque vem sendo denominado – e sofre de choque pós-traumático por ter encarado o poderoso kaiju atômico de frente. Na cidade, também está sendo divulgado um projeto de moradias no subterrâneo para as pessoas se protegerem de futuros ataques. Bem, talvez a ideia não tenha ido para a frente; visto que em Godzilla 2 e Godzilla vs Kong nada sobre estas residências é mencionado.

Estes primeiros episódios serviram bem para situar o telespectador na proposta de Monarch e como a série poderá ajudar no todo da franquia. Esta presença maior no Japão e com personagens nipônicos também é muito bem-vinda, afinal, este gênero surgiu no país e o Godzilla é um produto japonês.

Apple/Divulgação

Monarch: Legado de Monstros está disponível no Apple TV+.

Muito obrigado à plataforma que disponibilizou os episódios para assistirmos com antecedência, no entanto, só podemos falar sobre eles após a sua estreia no serviço. Por isto, resolvemos comentar em dois blocos: com os primeiros cinco capítulos e, posteriormente, com os episódios finais.

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*