Análise – Mario e Luigi Brothership – A saga dos irmãos bigodudos está de volta!

Reprodução.

Desde 2017 a Nintendo não lança um jogo da série Mario e Luigi. Com o último título saindo apenas no 3DS, Brothership é o retorno do RPG dos irmãos agora em um console que oferece mais recursos do que os antigos portáteis. Nesse texto apresento uma breve análise após jogar o game por algumas horas.

O JOGO

Mario e Luigi Brothership é um jogo de RPG com combates por turnos e mecânicas próximas a um jogo de ritmo com a necessidade de apertar os botões nos momentos exatos. Nesse jogo, você controla Mario e Luigi, ao mesmo tempo, para salvar o reino de Elétria que está dividido em ilhas derivantes. Sua missão é reconectar essas ilhas enfrentando diferentes desafios em cada uma.

Apresentando um belo visual, com uma direção de arte caprichada, o jogo conta com mecânicas de exploração onde você deverá localizar as ilhas derivantes seguindo diferentes rotas que se abrem conforme avança na história. A ilha Nauta serve como um hub onde se localizam os personagens principais, lojas e uma forma de acessar as novas ilhas através do telecanhão. O jogo também conta com viagem rápida entre pontos de uma ilha ou até mesmo de uma ilha para a outra, facilitando o deslocamento.

O design dos novos personagens e inimigos, exclusivos desse jogo, também é interessante e se distanciam dos inimigos clássicos da franquia Mario. Para aqueles acostumados com as versões RPG do encanador mais famoso dos games, não devem estranhar os inimigos diferentões. Além dos combates por turno, que contam com ataques combinados simples e técnicas especiais, Mario e Luigi contam com as Ações Bros. Essas mecânicas, que você adquire no avançar da campanha, permitem que os irmãos possam superar obstáculos apresentando ao jogador mecânicas para retornar as ilhas e desvendar caminhos antes inacessíveis. Com longas horas para zerar a campanha principal, a sensação que fica é que prolongaram mais do que deveria. Adquirir as habilidades e Ações Bros demora mais do que o esperado e por muito tempo você fica preso em um jogo que parece com pouca diversidade.

REPETIÇÃO E MAIS REPETIÇÃO

Talvez o ponto que mais me desagradou no game é a repetição das mecânicas. Primeiro no combate, mesmo após diversas horas de jogo em todas os combates a restrição do que fazer incomoda. Não à toa que após as primeiras 5 horas de campanha eu já não aguentava mais ficar apertando o mesmo botão pra conseguir dar um ataque completo. Todos os ataques simples necessitam de acertar o comando para que ele cause um dano regular e com isso vem a mesma animação que deixa as lutas mais longas e tediosas. Até mesmo em lutas contra chefes o esquema é sempre o mesmo, usar seus poucos ataques e esperar um momento chave que se resume a apertar um botão no momento certo e deixa o inimigo vulnerável.

Nintendo / Divulgação

Mas fora dos combates, a mecânica de acertar o momento certo de apertar o botão aparece com muita frequência. Em um dado momento, por exemplo, deveria acertar o ritmo de apertar os botões para liberar um caminho. O problema foi repetir isso cerca de 20 vezes para liberar um caminho simples e até pegar o ritmo muitos erros no caminho aconteceram. Por um momento cansei e tive que dar um tempo até retornar o jogo.

VALE A PENA?

Para quem é muito fã da série, com certeza vai gostar desse jogo. Apesar de não ser o melhor da franquia, o game é o primeiro com visuais em alta definição e totalmente em português. As lutas com poucas mecânicas diferentes e um excesso de momentos de “aperte o botão na hora certa” podem afastar um público que espera um jogo mais dinâmico. A história também deixa a desejar, sendo bem fraca com raros momentos que fisgam a atenção do jogador.

Pontos Positivos:
Visual lindo
Ilhas variadas
Totalmente em português

Pontos Negativos:
Gameplay repetitivo
História regular

NOTA: 7/10

MARIO E LUIGI BROTHERSHIP já está disponível para Nintendo Switch.

*Para fins de análise, foi utilizada uma cópia do jogo cedida pela Nintendo.

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*