Análise | Malevolent Spirits: Mononogatari | 2ª temporada mantém o nível regular no anime
A segunda temporada de Malevolent Spirits: Mononogatari chegou ao fim nesta ultima segunda-feira (18) e junto com ela a constatação de que alguns espectadores que acompanhavam o anime e cogitavam uma ideia germinada desde o fim da temporada anterior: a de que a promissora história, teria sua continuação tão mal aproveitada quanto a sua parte predecessora.
Não é como se a ideia de que a segunda temporada de Mononogatari ser tão regular quanto a primeira fosse uma verdadeira bala perdida. Na verdade, logo após o anúncio de sua continuação, cuja produção permaneceria sobre os cuidados da Bandai Namco Pictures, saber de onde viria o tiro era uma certeza maior, no entanto, talvez ainda restasse no fundo da alma uma gota de esperança de que a animação do projeto pudesse ficar mais polida ou que seu roteiro e direção fossem compensar tal falha, apresentando uma história contada de forma que pudesse envolver o espectador. Mas no final do ultimo episódio, só o que pudemos ver foi mais do mesmo com caminhos ligeiramente previsíveis.
A segunda temporada começa com seus dois primeiros episódios em um ritmo um pouco mais lento, tanto para localizar o espectador dentro da história, quanto para apresentar novos personagens que farão parte da narrativa desta continuação. Após este momento introdutório, o que vemos é um trabalho de desenvolvimento individual das histórias de seus protagonistas, o que faz sentido, já que a relação entre eles ganhará um novo patamar nesta temporada e para isso, suas respectivas questões pessoais precisam ser exploradas. E neste ponto o roteiro, ainda que em alguns momentos seja previsível, consegue ser eficiente e empolgar seus espectadores com novos personagens como o carismático trio da Agência de Música Tradicional, explorar o potencial da insana Tsubaki, herdeira do clã Kadomori, e entregar reviravoltas dentro da história que podem frustrar as suposições de muitos fãs do anime.
Já no que diz respeito ao seu visual, não há muito o que dizer, se você já leu o review da temporada anterior, pode simplesmente considerar tudo o que foi dito lá e aplicar nesta análise também, mesmo porque, com o mantimento da Bandai Namco Pictures como estúdio responsável pela animação, era esperado que esse aspecto não sofresse tanta alteração. Com isso, os holofotes ficaram disponíveis para outras áreas como a sonoplastia, que aqui se mostra muito eficiente, como durante o tema inicial Tá Ga Tame, da banda Megatera, capaz de ofuscar a animação mediana vista nessa abertura ou durante os episódios finais que acrescentam a ação, drama e alívio durante e depois dos confrontos finais.
Em resumo, a segunda temporada de Malevolent Spirits: Mononogatari apara algumas arestas, desenvolve outras histórias mas ainda pode ser um pouco mais do mesmo: não sendo nenhum grande destaque todavia com um potencial que o leva a estar longe de ser algo do qual seu espectador se arrependerá de ver.
Malevolent Spirits: Mononogatari está disponível no Brasil através da plataforma de streaming Crunchyroll com áudio original e legendas em português.
*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*
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