
Após muita divulgação por parte da Disney, finalmente tivemos acesso ao remake em live-action de Lilo & Stitch e eu atesto que é sucesso sim. O projeto tem alma e coração. Coração bom, diga-se de passagem.
Outra coisa que preciso falar é que esta não é uma cópia da animação, a mensagem original e os eventos principais estão inseridos, porém a narrativa caminha com suas próprias pernas. E, caso esteja entortando o rosto, trate de desentortar agora. Isso não torna esta produção como sendo algo ruim ou desastrosa… Ouso afirmar até que tornou a experiência melhor.
Nani, por exemplo, ganhou um peso maior na trama – não que ela não tivesse no filme animado – mas seu arco tornou-se algo mais palpável e que o grande público poderá se identificar, afinal, um live-action atrai uma gama maior de pessoas. A atriz Sydney Agudong entregou uma performance comovente e nos faz torcer pelo seu sucesso a todo momento, ela também age mais como uma irmã mais velha do que uma simples responsável legal.

Sua química com a pequena Maia Kealoha, que interpreta Lilo, é mágica e ambas realmente parecem irmãs. Maia, inclusive, é uma garota muito fofa e carismática e se provou uma ótima escolha para o papel. Este é seu primeiro trabalho como atriz, mas nem parece.
E quanto ao Stitch? Permanece com aquela fofura caótica que apenas ele possui! Sua voz original permanece sendo do Chris Sanders, diretor e co-roteirista das animações, mas que não ocupa estas posições no live-action.
Mas e a trama? Como dito acima, segue o ideal visto no projeto de 2002 – com Nani precisando provar ao Conselho Tutelar que tem capacidade de ser a tutora legal de sua irmã caçula, Lilo, a menininha taxada de estranha pelas outras garotas e que apenas deseja ter um amigo de verdade. No entanto, aqui você enxerga a irmã mais velha realmente lutando e tentando manter sua família unida.

Diferente do clássico, Nani aparenta ser mais jovem – mesmo sendo considerada adulta oficialmente – e está sofrendo tanto quanto sua irmã sobre a perda dos pais; sendo este um tema mais recorrente no enredo. Diante desta situação, Lilo tem um problema muito maior em observar Nani como sua tutora ao invés de sua irmã. Esta conjuntura sofre resistência por parte da pequena, que sente falta da mãe e do pai. Stitch também vem um pouco diferente – mas só um pouquinho. Ele está caótico, mas sua aproximação se dá de uma forma mais suave com Lilo, o amor que ambos sentem aparenta ser mais natural nesta adaptação.
De toda forma, o principal de Lilo & Stitch (2002) está presente: ohana, que significa família. E isso basta. Evitei contar spoilers, mas aqui vai um: comandante Gantu realmente não está presente. Todavia, não é uma falta grande. O que ele faz, é perfeitamente realizado pela dupla Jumba e Pleakley.
Pode ir assistir sem medo de se emocionar.
Nota: 10/10.
Lilo & Stitch estreia nesta quinta-feira (22) nos cinemas.
*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*
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