
Existem jogos do tipo que todo mundo conhece, como ação, aventura, estratégia, RPGs e aqueles que são tão diferentes que muita gente estranha e infelizmente ignora, sem ao menos ter a chance de experimentar e conhecer. Esse é o caso de Keeper, um jogo indie de exploração desenvolvido pela Double Fine Productions, onde controlamos um pássaro pousando em um farol animado que ganha vida e se locomove em uma pequena ilha surreal.
Keeper começa de forma muito direta, requer só andar e explorar, por meio de um cenário que mistura a psicodelia, com atmosfera morta e sem vida, mas que não chega a ser um pós-apocalíptico — definiria como sendo crua e gótica, feita de forma proposital, lembrando os estilos visuais de Tim Burton. A trilha sonora acontece de forma natural, ouvimos apenas sons do farol, do ambiente, das criaturas que aparecem, que combina perfeitamente para o jogo.

Conforme caminhamos com o nosso farol, encontramos quebra-cabeças que serão os maiores desafios do jogo. Temos lugares onde precisamos usar a iluminação do farol para abrir passagem e outros que são mais complexos de resolver. Não existem combates, apenas exploração e enigmas. Também encontramos notas, objetos e mudanças no cenário que trazem a história do game, contando de uma maneira totalmente indireta e explicando o que está acontecendo.
Embora o game possa ser para muitos lento e tedioso, ele é bem curto. Em torno de 2 horas, você já o terá concluído. Além do que te entreter, seu propósito consiste em transmitir uma mensagem de reflexão.
Não digo que Keeper seja ruim, apenas diferente. Feito para experimentar. Para quem aprecia uma arte ou mesmo presentear uma pessoa.
Nota: 9/10
Keeper está disponível para Xbox Series X/S e PC (via Steam).
*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*
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