Quando pensamos em heróis, geralmente vem aquela imagem de um símbolo voando pela cidade enquanto usa a sua capa vibrante. Ou talvez você prefira a imagem do vigilante, aquele que está nas sombras protegendo as ruas ao anoitecer.
É muito interessante como a nossa visão sobre o conceito do que é um herói mudou com o passar do tempo, e como ela sempre procurou se reinventar. Porém, qual é o herói que para você nunca mudou a sua essência? Que em todas as suas versões, independente de quem levava o título desse herói, ele sempre significava o mesmo ideal para você? Superman, Homem-Aranha, Batman, 007; são todas respostas válidas que pode dizer a mim. Mas eu quero te apresentar a minha resposta para essa pergunta, e ela vem na forma de uns motoqueiros gafanhoto.
Eram o final dos anos sessenta, a empresa Toei Company impressionada com o sucesso de obras do gênero de tokusatsu e o tanto de lucro que obras como “Ultraman” (da empresa Tsuburaya) estavam a fazer, decidiram chamar o grande mangaká Shotaro Ishinomori para ajudar na criação de um novo projeto. Várias ideias foram colocadas na mesa do que a Toei realmente desejava para seu novo programa, eles precisavam de um diferencial chamativo, então indo contra a popularidade de embates de heróis e criaturas gigantes, esse novo personagem ia ser do tamanho humano. Inicialmente, Ishinomori propôs que seu one-shot Best-Seller da época “Skullman”, fosse adaptado, mas os empresários da Toei company achavam que Skullman era uma história violenta demais para o tipo de herói que queriam. Ishinomori então decidiu criar um novo personagem, ainda se baseando um pouco em Skullman e lapidando seus conceitos, ele então chegou à sede da Toei com uma nova ideia, um homem que após ser capturado por uma organização maligna, tem sua humanidade tirada e se transforma em um “Kaizo Ningen”, um humano modificado; o nosso protagonista então se revolta contra a organização que o criou e decide usar seus novos poderes para combatê-los. Os engravatados da Toei adoraram a ideia, contudo, Ishinomori queria que este herói tivesse um visual monstruoso e fosse bem mais violento, o que acabou não acontecendo, mas que ficou na mente de Ishinomori até o início dos anos 90. E em 3 de abril de 1971, estreava na TV japonesa, o primeiro episódio de uma franquia que ia durar mais de 50 anos.
O herói foi um sucesso, tanto de público como de vendas, revitalizando o gênero e influenciado ele até os dias de hoje. Kamen Rider era um herói único, muito diferente de tudo que o Japão e o resto do mundo tinha. Seu tamanho humano o diferenciava de heróis como Ultraman e Spectreman; suas histórias eram um pouco mais dramáticas para seu público alvo, e seus vilões aterrorizantes para um Japão pós segunda guerra. Seu visual merece um destaque; um corpo azulado e preto, com temática de inseto (devido a sugestão do filho de Ishinomori), com olhos enormes, um cachecol vermelho vibrante e acima de tudo, uma moto muito estilosa. Kamen Rider era sobre este herói solitário e melancólico, que lutava contra a organização maligna “Shocker”, vilões que tentavam dominar o mundo com seus soldados modificados. Acima de todas as suas qualidades, o que mais vendeu a série foi seu protagonista, Takeshi Hongo, o homem que se levantou contra essa organização maligna que modificou o seu corpo, e que carregava as marcas da cirurgia até mesmo em seu rosto (no caso do manga). Agora Takeshi ficava dividido e questionando sua humanidade, uma humanidade que foi roubada dele a força; combine isso com um carisma sem igual de seu intérprete, Hiroshi Fujioka, e temos um protagonista incrível, com várias camadas e muito interessante de acompanhar, nada pode dar errado a partir de agora, né?
Durante as gravações do episódio 11 da série, Fujioka acabou fraturando a perna em um acidente de moto, a estrela do show não poderia atuar mais na série. Ainda havia algumas cenas já gravadas, e o uso do dublê com a voz de Fujioka poderia ser uma opção, mas esse era um material que só duraria no máximo mais 2 ou 3 episódios. “E agora? O que vamos fazer?”, essa pergunta ecoava por todos da produção, um fenômeno como Kamen Rider não poderia parar, mas como continuar sem Fujioka? A resposta veio no episodio 14, quando fomos apresentados ao fotógrafo Hayato Ichimonji, interpretado por Takeshi Sasaki, que também caiu nas mãos da organização do mal Shocker, mas que com a ajuda de Hongo conseguiu se libertar, se tornando o Kamen Rider Nigo (Nigo que significa “segundo”). Agora, Hayato quem iria defender o Japão, enquanto Hongo iria para a Europa enfrentar a Shocker ao redor do mundo. Os diretores e produtores sabiam que não podiam emular o jeito de Hongo, então Hayato era sua antítese; se Hongo era calmo, estrategista, melancólico e propositalmente se afastava de outras pessoas para não fazer com que elas fossem vítimas da Shocker; Hayato era enérgico, pulava de cabeça no perigo, era mais alto astral e ele acreditava que os seus laços eram o que deixava ele mais forte, e que ele seria capaz de proteger todos ao seu redor. Hayato também trouxe consigo uma das grandes marcas da franquia, as poses de transformação. E durante o resto do ano de 1971, Kamen Rider continuou com o sucesso que estava, agora graças ao seu segundo Rider. E novamente, a série evoluiu, ou melhor “se transformou”, em janeiro de 1972, quando Takeshi Hongo voltava ao show, daqui em diante ele ainda apareceu mais algumas vezes, isso até voltar de vez a série e formar uma dupla com Hayato. Agora Kamen Rider já não era apenas sobre o “herói solitário”, e sim sobre a dupla de heróis, Kamen Rider Ichigo e Kamen Rider Nigo, lutando contra a organização maligna shocker, e protegendo vidas. E fora assim até 10 fevereiro de 1973, quando após 98 episódios, a série Kamen Rider teve um fim, porém, isso era apenas o primeiro passo que essa grande franquia ainda iria dar.
Depois do fim da sua primeira série, Kamen Rider ganhou uma sequência, intitulada Kamen Rider V3, apresentando um novo protagonista que pedia ajuda a Ichigo e Nigo para se transformar em um Rider também, para assim lutar contra a organização “Destron“, que tragicamente havia matado sua família. E a franquia seguiu assim durante um certo tempo, com séries quase que anuais, com ocasionais hiatos de poucos anos, e sempre tentando se renovar de alguma forma. V3 ganhou um parceiro que era seu Rival, X vinha um visual totalmente diferente e moderno para época, Amazon nem era mais um inseto, Stronger trazia a primeira heroína da franquia, Skyrider foi feito para ser um reboot e trazia o primeiro protagonista que podia voar, Super-1 abandonava o esquema de olhos habitual dos Riders, Black trazia um Rider que não era conectado aos anteriores e Black Rx é a ÚNICA série que é uma sequência direta de sua antecessora. E depois de 12 anos de hiato, Kamen Rider foi revivido nos anos 2000 com mais diferenças ainda, algo que só continuou a progredir e escalonar mais e mais. Tanto que se você pegar o primeiro Rider e comparar com o Rider atual, a diferença é gritante, em cores e design. E para mim, essa é a grande “essência” de Kamen Rider, a maneira como ele “evolui” ao tempo e às necessidades de sua época. Para exemplificar o que eu quero falar, vamos revisitar a história dos nossos primeiros Riders e suas várias reimaginações.
O mangá de Kamen Rider foi lançado quase que junto a série, e ele tentava trazer algo mais próximo a visão de Ishinomori sobre o herói, tanto que foi escrito pelo mesmo. Mostrando muito mais a melancolia do guerreiro, os lindos desenhos de Ishinomori e a maneira sagaz com que ele escreviam cada diálogo, davam vida a um mangá de ação único. Mas vamos olhar principalmente como em seus 4 volumes, ele foi mudando aos poucos e se tornando algo diferente da história da série. Se o primeiro capítulo do mangá, conta uma origem semelhante ao primeiro episódio da série de televisão, tendo como antagonista o Homem Aranha; o segundo apenas tem o mesmo vilão, o Homem Morcego, e possui uma história quase que completamente diferente do episódio em que esse vilão aparece; já o terceiro apresenta vilões novos e que só apareceriam na série muito tempo depois da saída de Hongo. Mesmo a introdução de Hayato é bem diferente, e após sua entrada o mangá ganha outro rumo completamente inesperado. O mangá diverge totalmente da série de TV, mesmo os mesmos personagens são tratados de maneira diferente aqui, e a escrita de Ishinomori não ficou nem um pouco datada, mesmo após todos esses anos. Eu super recomendo a leitura desse mangá, ele é curto, tem apenas 4 volumes, e a editora Newpop está lançando ele em 3 encadernados bem bonitos, e que vale a pena dar uma olhada. Falando nisso, a Newpop também está trazendo outro mangá de Kamen Rider, desta vez de um Rider bem amado e conhecido no Brasil.
Como eu havia falado antes, Skyrider foi a primeira grande tentativa de Reboot da franquia, mas não foi a última, Black veio com esse intuito também. Ishinomori nunca foi muito fã das restrições que a Toei colocava para Kamen Rider, e muitas vezes brigava com os engravatados por conta disso. Kamen Rider precisava ter esse tom pesado e sombrio, que a mente genial, porém trágica, de Ishinomori tanto queria. Então Black foi concebido com essa ideia, de ser um Kamen Rider mais monstruoso, sombrio e que realmente agradasse o ponto de vista de Ishinomori, tanto que o mesmo ficou responsável por criar o conceito da história e a cargo do mangá desse Rider. Ishinomori queria fazer uma historia que se passase em um futuro distopico, onde a terra já era dominanda por monstros e a humanidade estava a beira da extinção, sua única esperança era um mutante com aparencia de um gafanhoto negro, mas que seria quase que uma besta sem coração, sendo marginalizado por esta sociedade que o temia mas que precisava dele. As ideias de Ishinomori eram ótimas para um mangá, mas péssimas para uma série de Televisão; a história foi reescrita várias e várias vezes, até chegar na história do combate entre irmãos que a saudosa Rede Manchete exibiu por aqui. Porém, se as ideias de Ishinomori não tinham espaço na televisão, elas ao menos tiveram um curto espaço no mangá. A história do mangá de Kamen Rider Black, não é exatamente a mesma que Ishinomori pensou inicialmente, no quadrinho encontramos um Kotaro que perdeu a suas memórias, e que é encontrando em Nova York lutando contra monstros, e então, seguimos acompanhando ele e seus aliados através de uma viagem pelo mundo, para tentar resolver o mistério de suas memórias e dos monstros que o perseguem. Mesmo que em determinado capítulo do mangá, somos levados a ver algo semelhante ao conceito inicial que Black tinha, um futuro distópico em que a humanidade vive precariamente nas mãos de um ditador super poderoso e cruel, Black acabou não sendo o que Ishinomori queria. A popularidade de Black no Japão rendeu uma sequência, Kamen Rider Black RX (que também passou no Brasil), mas que não foi o sucesso de público ou vendas, que Black foi, enterrando a franquia por mais alguns anos e sendo a última série do período “Showa” dos Kamen Riders.
Mas Kamen Rider teve seu retorno em 1992, com um filme para comemorar os 20 anos da franquia, um filme que Ishinomori estava cuidando da produção meticulosamente, esse seria O KAMEN RIDER, a real ideia de Kamen Rider que Ishinomori tinha em sua cabeça, o monstro que questionava sua humanidade, o “verdadeiro Kamen Rider”. “Shin Kamen Rider prologue” (usando o shin com o Kanji para “verdadeiro”) é dito por muitos como o Kamen Rider mais próximo do que Ishinomori desejava, o que é verdade e não é. Ishinomori ficou sim por trás de Shin, tanto que ele até faz uma pequena ponta no filme, mas muitas das suas ideias eram vetadas pelo estúdio da Toei. No final, o que era para ser uma trilogia, começando por esse filme, acabou virando um filme mal acabado, em que você sente que tem partes faltando. Algo que desagradou bastante Ishinomori. Nesta mesma época, houve ainda os lançamentos dos filmes de Kamen Rider ZO e Kamen Rider J, que eram mais parecidos com o Kamen Rider clássico da série de TV, mas a franquia já estava em um hiato de televisão a muito tempo, e após o falecimento de Ishinomori em 1998, parecia que era o fim da linha para os motoqueiros mascarados.
Isso até os anos 2000, a Toei junto a Ishimori Productions estavam com um projeto para homenagear Ishinomori, assim vários remakes de suas obras foram feitos, e um deles foi um novo Kamen Rider. E em 30 de janeiro de 2000, o Japão viu um novo herói nascer, a nova lenda se chamava Kamen Rider Kuuga, e trazia uma trama policial cheia de mistérios, onde monstros antigos estavam fazendo assassinatos em massa de maneiras incomuns, o nosso herói não era mais um homem modificado ou um mutante, mas um homem comum que encontrou um cinto que poderia o transformar no gurreiro antigo Kuuga. A série trouxe uma trama mais novelesca, onde cada episódio se conectava com o próximo, assim como também trouxe várias novas formas ao herói (algo que Black RX já fazia, mas não em tanta quantidade quanto em Kuuga). O projeto foi um sucesso, e o que era para ser uma série solo, acabou iniciando um novo período na era dos Kamen Riders. A partir de agora, tudo que veio antes seria a “Era showa” do período dos Kamen Riders, e tudo o que viesse depois seria a “Era Heisei”. Após Kuuga tivemos Kamen Rider Agito, e o que era para ser uma sequência direta de Kuuga acabou virando seu próprio universo, e novamente fazendo um enorme sucesso, tendo até hoje a maior audiência de uma série Kamen Rider que não é da era showa. Agito já trouxe um conceito de múltiplos Riders, cada um com a sua história e seus núcleos, em uma trama de mistério, onde deuses estão envolvidos. O que poderia vir depois disso? Kamen Rider Ryuki, que veio como um grande battle royal entre 13 Riders por um desejo, aqui foi a primeira vez onde a franquia trouxe o cinto de transformação que era um objeto não fixado ao corpo do Rider, assim como múltiplos usuários para esses cintos. Agora os Kamen Riders não eram heróis imaculados da justiça, Ryuki levou o conceito de Riders ao extremo dando poder para psicopatas e criminosos. Então, a partir disso novos Riders com abordagens diferentes nasciam ano após ano, com tramas e personagens únicos, mas, nunca se esquecendo de como tudo começou.
Em 2006, para comemorar os 30 anos da franquia, o filme Kamen Rider: The First foi feito. Ele se propunha a recontar a história de Ichigo e Nigo com uma roupagem mais moderna e mais próxima ao mangá, dando uma atualizada a nossa dupla favorita de gafanhotos. Nele a história de Hongo/Ichigo continua quase igual, mas a inserção de Hayato/Nigo é feita de uma maneira muito mais orgânica, dando uma melhor motivação e ligação para os dois, assim como a mudança de lado do segundo Rider (que começa vilão igual no mangá) e mais natural. O filme possui uma estética linda, com os uniformes dos heróis e dois vilões feitos quase como se fossem roupas táticas. As cenas de ação do filme são impecáveis, junto com uma filmagem excelente, que valoriza os pequenos e grandes momentos dos heróis. Mas minha coisa favorita desse filme, é a Shocker, para mim essa é a versão mais aterrorizante já feita dessa organização, não porque eles são algum tipo de império galáctico multi poderoso, mas porque eles dão falsas esperanças a pessoas que estão sem rumo. The First foi um sucesso, o que levou ele a ter uma sequência no ano seguinte, “Kamen Rider: The Next”, que dessa vez trazia o Kamen Rider V3 como antagonista aos Riders do primeiro filme. The Next não foi também quanto The First, o que acabou fazendo com que a Toei perdesse o interesse em fazer remakes de séries antigas por um tempo. Até que em 2016, em uma parceria com a Amazon Prime, “Kamen Rider Amazons” foi ao ar. Uma série que se inspirava apenas visualmente no Kamen Rider Amazon da era showa, mas que mantinha a violência gráfica da série que a inspirou. Amazons, ou Amazon Riders, como ficou conhecido para o resto do mundo, tem um roteiro mais sério e bastante violênto, o show é uma real carnificina que tenta debater assuntos como impotência humana e se os fins justificam os meios. Esse banho de sangue fez tanto sucesso que ganhou uma segunda temporada, e um filme para fechar a sua história. Amazons está disponível na Prime Video, porém apenas com legendas em inglês. Não só estes remakes, como muitas referências são feitas aos Riders do período showa em toda a era Heisei, e quanto mais você conhece de uma ou de outra era, mais você consegue ver essas referências à sua frente. A e falando em eras, Kamen Rider está na sua terceira; após a era Showa e Heisei, desde de 2019 estamos na era Reiwa, a mudança de era vem por causa da mudança de era do próprio Japão, devido ao novo imperador. Na franquia dos grilos mascarados, isso foi refletido com o começo sendo uma referência enorme as raízes showa, com um novo herói gafanhoto sendo o protagonista em “Kamen Rider Zero-One”, a primeira série desse novo período da franquia.
E agora, para onde vamos? O futuro de Kamen Rider aparentemente está bem firme, as séries estão saindo anualmente, e atualmente estamos na terceira série da era Reiwa, “Kamen Rider Revice”, que mistura carimbos com pactos demoníacos e comemora os 50 anos da franquia, com pequenas referencias ao legado das séries passadas. Um anime de “Kamen Rider W“ está previsto para estrear em 2022. Um remake de Kamen Rider Black, chamado “Black Sun”, está em produção para estrear no ano que vem. Assim como um novo filme que reimagina o herói clássico, chamado “Shin Kamen Rider” (desta vez o Shin é de novo), dirigido por um cara que talvez você conheça, um tal de Hideaki Anno, que fez um anime mais ou menos conhecido chamado “Evangelion”. Além disso, a Toei para comemorar esses 50 anos de Kamen Rider, está disponibilizando os dois primeiros episódios de todas as séries da franquia em seu canal no Youtube. E os fãs do Brasil estão recebendo os mangás do Kamen Rider original, Black e Kuuga aqui nas terras tupiniquins. Então, acho que nós fãs do mundo inteiro, estamos recebendo bastante afeto para nossa franquia de motoboys insetos.
Tem várias outras coisas que eu não detalhe neste texto, filmes e especiais que eu gostaria de falar sobre, o Ishinomori por si só é uma figura fantástica, tão influente na cultura japonesa e tão rico em conteúdo, que merece um texto apenas para falar de sua genialidade. Mas eu não queria me desfocar do meu tema principal. Então, com o passar de todo esse tempo, muitos novos heróis gritaram “Henshin” ao longo dos anos, eles não usavam mais cachecóis, alguns não eram mais insetos, alguns nem sequer andavam de moto, mas o que todos eles tinham em comum? A vontade de proteger alguém, de usar suas dores como motivação para defender os outros, independentemente de quantas adversidades estejam contra você, se transforme, na melhor versão que pode ser de si mesmo.
E lembre-se:
*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV.*
Notícias relacionadas
Não há notícias relacionadas.