Análise – Elden Ring: Shadow of the Erdtree

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Após um enorme sucesso no seu lançamento em 2022, Elden Ring recebe sua primeira (e talvez única) DLC: Shadow of the Erdtree. Apresentando uma grande área cheia de mistérios, com novos inimigos e épicas batalhas contra chefes, essa expansão entrega mais conteúdo do que jogos originais. Depois de passar cerca de 30 horas desbravando as Terras do Reino das Sombras, apresento a minha análise.

COMO ACESSAR A DLC?

Devo destacar, para aqueles que não estão habituados com conteúdo adicional de franquias da From Software, que o acesso a nova região depende de uma série de objetivos a serem cumpridos no jogo base. Primeiro você precisa ter derrotado os chefes Radahn e Mogh. Enquanto Radahn pode ser encontrado durante o festival na região de Caelid, enfrentar Mogh requer conseguir acesso a região onde ele está localizado. Para isso há duas opções: completar a quest de Varré (que o recompensará com um item que transportará você até a região) ou avançar na história até chegar no Campo de Neve Consagrado onde está localizando um teleporte que levará até a região do chefão. Após derrotar Mogh, basta interagir com o casulo que possui um braço saindo dele e então você será transportado até as Terras do Reino Sombrio, local da DLC. Chegando lá, você se depara com um lugar amplo onde poderá iniciar sua jornada.

CONTEÚDO DA DLC

Se você já jogou Elden Ring, sabe exatamente o que lhe aguarda. A expansão apresenta conteúdos novos, porém familiares de uma forma não negativa. Espere por muitos inimigos que te darão trabalho, armadilhas inesperadas além de elementos secretos que vão desde achar itens valiosos até locais de entrada para diferentes tipos de dungeons. Uma das maiores qualidades do jogo original é o vasto mundo aberto oferecido, sem grandes identificações de lugares importantes e que desperta seu interesse em procurar e descobrir.

Claro que, quando você encontra fragmentos do mapa, a visualização de construções ou de áreas vazias ajuda ainda mais a despertar a curiosidade. Isso tudo está presente na DLC, com a mesma qualidade do jogo original. Em escala menor sim, mas se torna até injusta a comparação visto tudo o que as Terras Intermédias oferecem.

Algumas mudanças foram feitas com relação a evolução do personagem. Exclusivos da região, dois novos itens servem para aumentar atributos: os Fragmentos de Umbrárvore que reforçam as habilidades de causar e negar dano e as Cinzas Espirituais Reverenciadas que reforçam as habilidades de causar e negar dano dos espíritos invocados. Uma tentativa dos produtores em trazer um equilíbrio de força para aqueles que estão com o personagem em nível muito alto. Porém, o sistema de nível do personagem onde você distribui os pontos utilizando as runas obtidas está mantido e continua sendo uma das principais formas de melhorar os atributos do personagem.

Novos talismãs, armaduras, armas, lágrimas, cinzas da guerra e entre outros itens, também podem ser encontrados para melhorar sua build ou até criar novas. Acredite, o conteúdo disponível é muito grande.

A grande novidade com relação ao mundo são as Legacy Dungeons. A própria From Software cita essas áreas como alguns dos principais locais do Reino das Sombras, oferecendo uma vasta variedade de caminhos com importantes itens a serem localizados em cenários complexos e com diversos inimigos poderosos. Apesar de realmente oferecer isso tudo, não senti muita diferença na estrutura de locais como Royal Capital, que também é “uma área com vários caminhos, itens, cenários complexos e inimigos poderosos”. Ficou a impressão de que nomear essas áreas está mais para rotular algo que já existia do que apresentar um elemento totalmente novo.

Até esse ponto eu não citei nada com relação a história e isso tem um motivo específico: evitar spoilers e deixar que descubra cada etapa por si próprio. Mas a história está presente para expandir ideias e enredos que surgem desde a campanha principal. Além disso, a narrativa da DLC ocorre em paralelo ao conteúdo original, ou seja, não é algo que acontece antes ou depois do jogo. Por sinal, você pode viajar entre os reinos sem problema algum e em qualquer momento que desejar. Cabe destacar também, a dificuldade apresentada por alguns chefes, dois em específico, que facilmente entram no meu top 5 de inimigos que mais sofri para derrotar.

Do ponto de vista técnico não espere por evoluções, afinal é apenas uma expansão do jogo já existente. Mas sim por uma direção de arte inspirada que apresenta lindas paisagens, design de personagens incríveis e um modo performance que tenta atingir os 60 fps (apesar de não conseguir em vários momentos, principalmente nas áreas abertas ou com muitos elementos).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de completar a quest principal, a sensação que fica é que ainda há muito mais a explorar e que só arranhei a superfície do que ele pode oferecer. Por isso, considero que esse é o melhor momento de retornar a Elden Ring ou até mesmo a hora de você, que ainda não embarcou, embarcar nessa longa e dificílima jornada. Nessa análise, evitei citar inimigos ou até mesmo elementos da história com o objetivo de manter a experiência da descoberta.

Trazendo tudo o que torna esse jogo grandioso, expandindo as possibilidades e apresentado batalhas épicas, Shadow of the Erdtree não é só uma grande expansão, mas sim um dos melhores títulos lançados nesse ano.

  • Pontos Positivos: Uma região gigante repleta de conteúdos
  • Novos chefes: Uma história envolvente e misteriosa que agrega muito ao enredo principal.
  • Pontos Negativos: A câmera ainda pode ser um empecilho em algumas lutas.

Nota: 10/10.

ELDEN RING está disponível para PlayStation 5 e 4, XBOX One, XBOX Series X|S e PC. Para fins de análise, foi utilizada a versão de PlayStation 5 cedida pela Bandai Namco.

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*