Análise: Doom the Dark Ages | Tempos sombrios

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Em 1997, acostumado a jogar Sonic e Mortal Kombat no Mega Drive, um amigo apareceu em casa com um disquete e pediu para usar o computador do meu pai, para instalar um jogo chamado Doom II e me disse: “Esqueça Mortal Kombat, olha isso!“. Era um jogo surreal, andar pelo cenário em três dimensões, pegar uma motosserra de início e matar os zumbis, tudo vendo como se estivesse com meus olhos no jogo e era um anúncio de que uma nova geração estava vindo.

Doom Dark Ages, lançado dia 15 de maio para PlayStation 5; Xbox Series S e computadores, através da Steam marca o início de uma nova geração de video-game.

Slayer nosso protagonista, se encontra no meio do inferno, após os eventos de Doom 64 e passa a ser treinado por sentinelas e fortalecido com a força e poderes celestiais pelo Maykr, uma raça alienígena avançada que busca manter a ordem e subjugar os invasores demoníacos. No entanto, uma guerra é travada no tártaro e o Doom Guy está no meio e não distingue aliados de inimigos.

Bethesda Softworks / Divulgação

Para quem está acostumado com a jogabilidade de Doom (2016) e Eternal Doom, as mecânicas deste aqui permanecem as mesmas, ande por trechos abertos e corredores e escale em plataformas como vistas em seu antecessor. Ainda temos sistemas de arenas para que você possa destruir uma horda de demônios com seu arsenal de armas e com uma novidade: a novíssima Serra Escudo que, além de te defender bloqueando o ataque marcado em verde, no momento certo é possível revidar em força e desviar mísseis inimigos. Ela também pode dilacerar inimigos e estruturas metálicas.

Uma novidade para os fãs de Gundam e animes de mecha em geral, nosso querido Doom Guy agora pode pilotar robôs gigantes e destruir tudo que está no seu caminho para acabar com os titãs que são os inimigos mais colossais. Outro brinde incluso no game podermos voar em um dragão por vários ambientes do jogo e cuspir fogo nos demônios aéreos e naves, o que deixa esta aventura mais divertida e diferente. Isso é perfeito para fugir da mesmice de sempre.

Bethesda Softworks / Divulgação

A ambientação dá um clima de pós-apocalíptico gótico, com elementos de ficção científica, tudo é muito sombrio e morto, mas combina muito bem com a proposta de Doom, além de um som de fundo com riffs de metal que vão te acompanhar durante seu massacre.

Doom Dark Ages chegou para honrar seu legado com melhorias em sua jogabilidade desde seu primeiro jogo, lançado em 1993 que causou um reboliço por usar e abusar do 3D, estando nos olhos do protagonista e uma arma na mão. Ele pode não ser visto como inovador, mas garante sua diversão. Em minha experiência, enxerguei mais coisas positivas do que negativas.

Nota: 666/10

*Review feito a partir de uma cópia de Doom Dark Ages enviada pela Bethesda Softworks.

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*