Análise: Deadpool e Wolverine – antes tarde do que nunca

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Este texto contém spoilers!

No último dia 25 de julho, a Marvel Studios finalmente estreou o aguardado Deadpool & Wolverine nos cinemas. Uma semana depois, estou aqui escrevendo esta análise mas, você deve estar se perguntando o porquê da demora. Pois bem, recebemos um convite para a pré-estreia, no entanto, por problemas técnicos não pudemos comparecer.

Diante desta situação, irei quebrar a quarta parede com a Disney. Amiga, na próxima manda o convite para este que vos escreve e com exibição em Salvador. Eu estarei lá com o maior prazer! (risos)

Demorou bastante para esta dupla se juntar aos demais membros do universo compartilhado de heróis encabeçado por Kevin Feige, entretanto, que bom que finalmente eles estão entre nós.

Marvel Studios / Divulgação

De fato, Wade Wilson é o Jesus da Marvel. Esta obra reúne tudo que o público gosta: nostalgia; piadas; participações especiais; ótimas cenas de luta e uma trilha sonora que faria o James Gunn aplaudir de pé (se é que não o fez).

Em relação a isso, a música aqui é parte do todo, todas as canções combinam perfeitamente com as cenas em que foram executadas. Destaque para Bye Bye Bye, do N’Sync; Like a Prayer, da Madonna e I’m With You, de Avril Lavigne.

E preciso reafirmar – Ryan Reynolds nasceu para interpretar o Mercenário Tagarela e eu não consigo imaginar nenhum outro ator realizando o que ele consegue fazer aqui. Hugh Jackman possui algumas tiradas engraçadas, mas diferente de Reynolds, o seu brilho é no drama. Seu trabalho é a carga emocional e ele entrega de forma satisfatória. Ao menos, conseguiu me conquistar.

Marvel Studios / Divulgação

As participações especiais surgem como um complemento para a história, elas realmente não estão ali por um mero capricho. Existe uma razão. Alguns são apenas cameos – e passam bem rápido – mas outros são personagens secundários com fundamento.

Passado uma semana, se importam com spoilers ainda? Destes com fundamento, vemos a equipe formada por X-23; Elektra; Blade e Gambit. Sim, o do Channing Tatum, que teve um filme anunciado, todavia, nunca viu a luz do dia. Inclusive, ele é cheio de piadas com este lamentável momento do cinema.

A vilã Cassandra Nova não brilha tanto quanto os heróis, na verdade, suas motivações são bem medianas. No entanto, há um outro antagonista que nos desperta muito mais interesse do que ela. Não que a mutante seja ruim, suas habilidades conquistam. Mas ela poderia ter sido melhor explorada. Mas este é um problema de todos os vilões em um filme de quadrinhos, com exceção de Thanos ou do Loki, eles são apenas ferramentas para os heróis chegarem a algum lugar.

O elenco dos filmes anteriores do Mercenário estão presentes, mas eu diria que apenas Cega Al e Peter brilham aqui. Vanessa tem alguns momentos chave, mas não há aquela química como nos dois primeiros.

Marvel Studios / Divulgação.

E quanto a trama? É algo básico, salvar seu universo da destruição. Este é um filme multiversal, há vários personagens de diferentes realidades, com todos buscando sua redenção e momentos de glória. Mas o foco descansa em Deadpool, lutando para salvar o seu próprio mundo e necessitando da ajuda do Wolverine para realizar tal façanha.

Este, sem dúvidas, é um projeto grandioso. A Marvel Studios não poupou aqui, no entanto, é bom os fãs lembrarem que a Casa das Ideias anda para frente. A Saga do Multiverso é só um momento e é bom não ficarem nesta angústia de atores do passado retornando sempre. É aquilo, respeite o passado e abrace o futuro. Acho importante deixar esta mensagem aqui. Por falar em passado, vocês repararam no Stan Lee ali presente?? Ele surge em um momento bem empolgante.

No mais, por que o Thor estava chorando!?

Deadpool & Wolverine está em cartaz nos cinemas com cópias dubladas e legendadas.

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*