Análise: Dead Rising Deluxe Remaster – Uma verdadeira remasterização!

Reprodução.

Já faz parte da indústria dos games relançar jogos com edições completas, remasterizadas ou refeitas. O excesso dessa prática cria uma aversão sempre quando uma nova versão é anunciada principalmente porque a maioria dos relançamentos não justificam o preço a que lhes é cobrado. E agora com a Deluxe Remaster de Dead Rising, fica o questionamento: essa é uma edição que vale a pena?

Após algumas horas testando, apresento a minha análise que busca responder esse questionamento.

O JOGO

Antes de tudo deve-se entender que essa é uma remasterização e não um remake, como no caso de Resident Evil 2,3 e 4. E entender isso é crucial na hora de criar expectativas. Você já jogou a versão lançada em 2006? Se sim, a Deluxe Remaster irá entregar praticamente a mesma experiência anterior, porém com visuais caprichados, loadings rápidos e pequenas melhorias de gameplay. Pretende experimentar pela primeira vez o game? Se sim, saiba que muitas mecânicas do passado estão preservadas e podem espantar jogadores que imaginam ter um jogo totalmente modernizado. 

Capcom / Divulgação

Talvez o que mais chame atenção seja os gráficos do jogo. A Capcom melhorou bastante a qualidade visual do game que agora conta com resolução mais alta, cenários com mais detalhes e personagens remodelados. A diferença é grande e ao comparar lado a lado as versões fica evidente a qualidade da remasterização. Qualidade essa que deveria ser padrão para qualquer versão remasterizada.

Por outro lado, a estrutura do jogo não foi modificada e isso pode incomodar alguns jogadores. Por exemplo, as transições de cenário sempre passam por uma tela de loading de 1 segundo. Apesar de rápido, chega a ser irritante toda hora essa transição em cenários curtos. Estamos falando de um jogo feito há 18 anos, então é natural a necessidade de carregamento nos equipamentos antigos e isso deixa evidente o avanço que os jogos sofreram aos longo dos anos proporcionando áreas cada vez mais amplas e sem necessidade de loadings. 

Capcom / Divulgação

A inteligência artificial dos inimigos também pode incomodar em alguns momentos. Existem vários inimigos que podem ser considerados como chefes do jogo, os psicopatas. Esses inimigos podem ser chatos de derrotar, mas ao mesmo tempo existem mecânicas e armas que facilitam muito esses combates. Em um dos confrontos, tive duas experiências diferentes: na primeira demorei bons minutos para derrotar o inimigo pois estava com armas simples como facas e pedaços de madeira, já na segunda vez utilizei uma motoserra e derrotei em poucos segundos pois a arma era bem mais forte e o inimigo por vezes ficou parado sem fazer nada. 

Deve-se aplaudir a iniciativa da Capcom em dublar essa versão. Para o público brasileiro, essa é uma grande melhoria visto que o original não possuía essa opção. Se olharmos para outras remasterizações, normalmente as produtoras não incluem novos idiomas ou no máximo uma tradução de textos. 

VALE A PENA?

Se você procura reviver a experiência do primeiro Dead Rising, essa é a versão definitiva e com certeza irá agradar. Caso não tenha jogado o primeiro game, ou nunca se aventurou nessa série, esse pode ser uma boa porta de entrada apesar dos últimos lançados oferecerem um gameplay mais moderno. De toda forma, essa remasterização é uma boa opção para trazer a série à tona e, quem sabe, ajudar na produção de um futuro Dead Rising 5. 

Pontos Positivos: 

  • Visuais atualizados
  • Dublagem

Pontos Negativos: 

  • Necessidade das telas de loading
  • Inteligência artificial fraca

Para fins de análise, foi utilizada a versão de PlayStation 5 cedida pela Capcom. 

Dead Rising Deluxe Remaster já está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC.

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*