Análise – Call of Duty: Black Ops 6 – Treyarch entregando aquele fan service
Depois da duvidosa campanha do Modern Warfare 3, Black Ops 6 traz de volta à franquia esperança deste modo, justificando o hype gigantesco que teve antes do seu lançamento.
HISTÓRIA
De volta aos anos 90, a campanha dá seguimento a narrativa do Cold War. No papel de Case Calderon, filho do Woods, você precisa descobrir a verdade por trás da infiltração da CIA. Apesar de ser a frente – cronologicamente – do Cold War, Black Ops 6 não avança muito a lore da franquia e não traz todas respostas para as lacunas deixadas pela Treyarch. A história se propõe em ser um enredo mais fechado ao próprio jogo, com início e desfecho, mas que deixa em aberto à continuações.
MISSÕES
No quesito variedade e criatividade, Black Ops 6 deu um show. A variedade das missões passam desde stealth até terror, tendo até mesmo missão de mundo semiaberto com diversos objetivos. Fazendo com que possamos escolher entre fazer o objetivo principal e terminar ou concluir todos os objetivos opcionais e que proporcionam o aumento da imersão.
Desde o Black Ops 3, a campanha dos Call of Duty da Treyarch possuem missões fora da realidade, envolvendo ilusões, por exemplo. Havendo uma diferença temática bem grande em relação à franquia Modern Warfare.
JOGABILIDADE
O grande destaque está para a nova mecânica Omnimovement, que permite que possamos correr em todas as direções. Não senti tanto impacto dessa mecânica no modo singleplayer, diferentemente do multiplayer que deixa o jogo mais frenético.
Também houve a continuação da mecânica de Safe House, introduzida no Cold War, aumentando a imersão da história, podendo ouvir diálogos e entender melhor os personagens.
Outra mecânica nova na franquia seria o sistema de upgrade, simples, porém funcional. Qualquer jogador novo consegue utilizar sem complicações e preocupações em montar builds, podendo selecionar os upgrades de acordo com o estilo de jogo.
ZOMBIES
Na minha opinião, Black Ops 6 tem o melhor modo zombies desde 2018. É o mesmo sistema clássico de zombies, porém refinaram tudo que já tinha de bom no Cold War e teve a volta das gobblegums, mecânica que já existia no Black Ops 3.
Adição da mecânica dos augments, podendo aprimorar perks, mods de munição e melhorias de campo, proporcionando outro tipo de grind, não somente em camuflagens. O grind de camuflagem está repetitivo se comparado ao Cold War, são apenas desafios de headshots e apenas 2 desafios diferentes. Cada arma possui 11 camuflagens, sendo 9 de headshots, o que parece um pouco preguiçoso por parte do desenvolvimento.
Os dois mapas são bons em level design, sendo um principal e o outro mais noob-friendly, mas ambos apresentam uma suavização no conteúdo gore. Não sei se foi uma falha durante a criação da ambientação ou se foi proposital para tornar o modo mais “light” para jogadores que repudiam este conteúdo em jogos, visto que em títulos anteriores, os mapas tinham uma ambientação mais sombria, porém nada que afete a gameplay.
Para quem é fã deste modo, é um prato cheio e os easter eggs são muito bons, no entanto o jogo deixa a desejar com as cutscenes mal elaboradas.
Maior problema do zombies que encontrei está em relação ao tempo de inatividade. Não é possível jogar o modo sem estar conectado aos servidores da activision, e mesmo que você jogue solo, ainda estará ocupando um servidor e caso venha a pausar o jogo por 15min, será desconectado da partida. E ainda consegue ser pior, ao descobrir que este tempo é acumulativo, ou seja, você tem 15min durante toda sua partida para poder pausar. Ao jogar com amigos, o jogo não tem pausa, diferente dos jogos passados.
MULTIPLAYER
Black Ops 6 levou a sério quando se fala de gameplay frenética, pois é marca registrada da franquia ter este tipo de multiplayer. Diferente da franquia Modern Warfare, que é mais cadenciada, favorecendo jogadores novatos e campers, Black Ops 6 trouxe de volta a sensação de poder rushar sem se sentir punido por pequenas mecânicas que favoreciam quem ficava parado.
Há quem goste de poder rushar, como é meu caso, mas as vezes pode se tornar excessivo demais, já que o respawn não é calibrado. Diversas vezes sofri spawn trap devido à velocidade que acontece o jogo, e dei respawn ao lado ou à frente de algum inimigo. Associado aos péssimos mapas do lançamento, o respawn é um dos pontos mais irritantes.
Poucos mapas do lançamento se salvam, conseguiu superar o Cold War em mapa com level design ruim, mas que foi salvo com lançamento de mapas antigos e consolidados, o que nos resta esperar o lançamento de novos mapas e o reaproveitamento de mapas antigos e bons da franquia, como é o caso da Nuketown.
A mecânica omnimovement faz o jogo ser mais rápido e frenético, facilitando strafes, mas também contribui para um respawn, mesmo que de forma mínima, bagunçado, já que a velocidade de movimentação se torna maior e os conceitos de back-to-back são mais frequentemente aplicados.
No entanto, Black Ops 6 é um alivio para os fãs do multiplayer da Treyarch, que tiveram que aguardar 4 anos para voltar a jogar este multiplayer arcade e raiz que consolidaram a franquia no início da década de 2010.
Pontos Positivos:
- Multiplayer arcade de volta à essência.
- Mecânicas novas e antigas reinseridas.
- Campanha satisfatória.
- Modo zombies em sua melhor forma.
Pontos Negativos:
- Limitação de pausas no modo zombies.
- Mapas do multiplayer fracos.
- Respawn bagunçado.
Call of Duty: Black Ops 6 está disponível para Xbox, PlayStation e PC.
*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*
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