Análise: Batman Ninja vs Yakuza League | DC retorna em estilo ao mundo dos animes

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Lançado na semana passada, Batman Ninja Vs. Yakuza League, sequência direta de Batman Ninja lançada em 2018, promete trazer uma experiência ainda mais exagerada que a anterior, mas ao contrário do que foi visto, descontrolada em todos os sentidos (se é que eles já tivessem se segurando), reforçando o subtexto que quando se trata de animes, o limite é a criatividade. E pode acreditar, ela está presente em todos os minutos deste longa.

A trama começa imediatamente após os eventos de seu antecessor, com a Batfamília retornando ao presente e descobrindo que o Japão simplesmente deixou de existir, e além dele, toda a Liga da Justiça como a conhecemos. Mas afinal, como um arquipélago inteiro pode simplesmente desaparecer sem deixar vestígios? Como tantos heróis podem apenas sumir? Como yakuzas caem literalmente do céu? Ora, pois, isso não é nada. Se no começo estranhamos o estilo despretensioso de Batman Ninja, agora já sabemos o que esperar – ou melhor, imaginamos o que pode acontecer.

Warner Bros. / Divulgação

Ao descobrirem as condições que os permitem ver a localidade do Japão, Batman e Robin partem rumo a respostas em torno da situação, e ao chegarem a essa nova realidade, eles encontram os heróis que desapareceram, mas não exatamente como esperado. E aqui o espetáculo verdadeiramente começa.

A qualidade da animação está um espetáculo de encher os olhos, com excelentes coreografias e sequências animadas, mas nada supera o design dos personagens de Takashi Okazaki (Afro Samurai) para Super.. digo, Kurako (Superman), Daiana, a Deusa Águia (Mulher-Maravilha), Ahsa, o Dragão de Água (Aquaman), Bari Pés Ligeiros (Flash) e Zeshika Raio Esmeralda (Lanterna Verde). A versão japonesas do grupo da DC, combinado com poderes extravagantes claramente inspirados ao estilo de representação dos animes esboçava-me um sorriso a todo momento. E por mais que tudo ali não parecesse fazer sentido, pouco me importava.

Longe de ser um problema e também um fio condutor que prenda o espectador, o roteiro é que nem a história como um todo, simples e bobo, mas como então esta consegue ser uma animação divertida? Fácil. Ela abraça exatamente a galhofa e os exageros para se sustentar, com seus personagens sendo carismáticos o suficiente para tal e momentos que você não vai esquecer por um tempo. Afinal, quando foi que você imaginou ver a Mulher-Maravilha prestar homenagem ao período Showa em uma canção de preparação para a batalha? Ou a Batfamília aos melhores ventos dos super sentai? Isso é único.

Warner Bros. / Divulgação

A trilha sonora também foi muito bem conduzida, com precisão para cada momento visto em tela, seja para aqueles que mereçam maior contemplação pelas belas sequências, explicação ou exagero ríspido, em furor para cada situação.

A dublagem brasileira também se destaca e é responsável por um charme adicional, e devo dizer que ouvir Léo Rabelo (Satoro Gojo) como o azulão me pegou desprevenido, e sendo algo muito positivo. Pra falar a verdade todos os envolvidos na versão brasileira foram muito bem, diga-se de passagem.

Batman Ninja vs Yakuza League não só deveria ser visto por todos que apreciam uma boa dose de aventura com exageros e situações de momento “vergonha alheia”, mas também por aqueles que não esperam nada além de uma boa opção do que assistir no final de semana. No final, se mostra melhor que o esperado e o saldo será bem positivo.

Batman Ninja vs Yakuza League está disponível para compra e aluguel digital nas principais plataformas de streaming.

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV*