Pixar: funcionários afirmam que Disney censura conteúdo LGBTQIA+

Disney/ Pixar/ Divulgação

Segundo a Variety informou na quarta-feira (9), os funcionários da Pixar, estúdio de animação pertencente à Disney, divulgaram uma carta aberta direcionada à empresa do Mickey Mouse acusando-a de censura. Eles afirmam que os executivos da Disney exigiam o corte de: “quase todos os momentos de afeto abertamente gay, mesmo com a objeção do time criativo e da liderança da Pixar.”

A carta foi escrita por funcionários LGBTQIA+ da Pixar e seus aliados, num trecho eles comentam: “Nós da Pixar testemunhamos pessoalmente belas histórias, cheia de personagens diversos, retornarem das revisões de executivos da Disney reduzidas a migalhas do que eram originalmente”. Eles ainda dizem que mesmo se a criação de conteúdo LGBTQIA+ fosse a resposta para reverter leis discriminatórias no mundo todo, eles estão proibidos de cria-los.

Esta indignação ocorre em resposta as falas do presidente da Disney, Bob Chapek, ditas na última reunião realizada com investidores. Na ocasião, Bob comentou que a companhia não aprova e é totalmente contra a proposta de lei anti-LGBTQIA+ “Don’t Say Gay” que está ocorrendo no estado da Flórida (EUA) e esta declaração veio após a Disney ter sido acusada de apoiar financeiramente deputados conservadores que desenvolveram o projeto desta lei absurda.

A Pixar foi adquirida pela Disney em 2006 e é responsável por diversos sucessos da casa do Mickey como Carros e Os Incríveis, contudo, o estúdio possui poucos personagens abertamente pertencentes a comunidade LGBTQIA+, podemos citar como exemplos a Spencer do filme Dois Irmãos – Uma Jornada Fantástica e o protagonista do curta-metragem Out, que mostra um homem tendo problemas em se assumir para os seus pais.

O próximo longa da Pixar: Red – Crescer É Uma Fera estreia nesta sexta (11) exclusivamente no Disney+.