Animax Online: projeto é descartado pela Sony na América Latina

animaxHá dois anos, a Sony anunciou que estava trabalhando no lançamento do Animax Online na América Latina, numa tentativa de manter a marca ativa por estes lados após o fim do canal. A ideia seria oferecer animes por streaming gratuitamente. Na época, um grande anúncio foi colocado no site oficial do extinto Animax e, posteriormente, confirmado pela própria Sony através das redes sociais e no site de seu substituto, o tão criticado Sony Spin.

Os anos se passaram e nada aconteceu. Neste meio tempo, surgiu o Crackle, serviço gratuito criado pela Sony para oferecer filmes e séries completas patrocinadas por publicidade e gratuitas para o consumidor. A ideia era fazer o Animax Online ser uma espécie de subseção do Cranckle. O atraso fez com que o público se manifestasse de diversas formas, mas nada surtia efeito e nenhuma resposta sobre o Animax Online surgia. Recentemente, a Sony rompeu o silêncio, através do Facebook do canal Sony Spin, e falou sobre o assunto.

Um dos administradores responsáveis pela página revelou algo sobre o assunto que não deve causar nenhuma surpresa, e já era mais do que previsto: o projeto do Animax Online foi cancelado. O administrador disse que a Sony teve problemas com as distribuidoras por causa da forma de transmissão dos animes que possuía e isso foi crucial para desistir do projeto. Após a descaracterização do Animax planejada por Klaudia Bermudez, pouca coisa ainda foi exibida, como Nodame Cantabile e Fullmetal Alchemist Brotherhood, transmitidos em péssimos horários.

Para piorar ainda mais a situação, os animes exibidos pelo Crackle eram bem escassos, oferecendo apenas alguns episódios de Samurai X, e filmes de anime já conhecidos transmitidos pelos canais HBO e o inédito Kurozuka dublado em inglês. Atualmente, a exibição de animes pelo serviço de streaming é praticamente uma piada. Astroboy e Blood + são as únicas animações japonesas no catálogo.

A declaração feita pela Sony leva a uma segunda teoria, de que as licenças de séries pertencentes a outras distribuidoras como Televix ou Viz Media (Bleach e Death Note), já haviam expirado e poderiam ter sido adquiridas por outros meios. Parte do catálogo de animes da Enoki Filmes (exibidos pelo Animax) chegou a ser comprado por um canal mexicano de TV paga (Mix Play TV). A Netflix também adquiriu títulos distribuídos pela própria Sony Pictures a nível mundial como Ultraviolet Code 044, Viper’s Creed, e os remakes feitos pelo estúdio Madhouse das franquias da Marvel (Homem de Ferro, Blade, X-Men e Wolverine).

Com esse anúncio, a Sony Pictures da América Latina fechou definitivamente suas portas para o anime no continente, deixando mais do que clara a falta de interesse da direção local pelo gênero, e isso fica evidente após a decisão de acabar com o Animax, que a princípio, nasceu com a promessa de dar continuidade ao trabalho do extinto Locomotion, mas de uma forma ainda mais superior. Quem sabe no futuro, a Sony possa voltar atrás e fazer o mesmo que fez na Ásia, mas adotando uma postura diferente.