Ghostbusters ou Os Caça Fantasmas é uma franquia de filmes que fez muito sucesso nos anos 80 e 90, sendo um verdadeiro clássico da Sessão da Tarde. O primeiro longa lançado em 1984 foi indicado ao Oscar em duas categorias: Melhores Efeitos Visuais e Melhor Canção Original (Ghostbusters). Cinco anos mais tarde, em 1989, ganhou uma sequência: Os Caça Fantasmas 2 e que também rendeu duas séries animadas, The Real Ghostbusters (anos depois renomeada para Slimer! And the Real Ghostbusters – Geleia! E os Verdadeiros Caça-Fantasmas) e Extreme Ghostbusters, além de adaptações para vídeo game e HQs.
Em 2016 foi feita uma tentativa de reboot da série com um elenco feminino. O novo Caça Fantasmas ignorou completamente os filmes da década de 80 e trouxe os atores originais em outros papéis com apenas pequenas pontas. Embora tenha sido considerado uma boa produção e ter recebido criticas mistas, não era a continuação que os fãs aguardavam.
Finalmente em 2021, os fãs puderam ver nas telonas a sequência do longa dirigido por Jason Reitman, filho do diretor dos originais, Ivan Reitman, que pode ser considero o primeiro fã da saga, e que disse em um video de divulgação do projeto: “É um filme sobre uma família feito para uma família. É sobre passar a tocha, metaforicamente, e da passagem de uma mochila de prótons”.
Eu sou da geração que cresceu assistindo essas obras na Sessão da Tarde ou alugando o VHS em locadoras, além claro de conferir os desenhos no Xou da Xuxa e na Tv Colosso. Confesso que a produção de 2016 não me chamou atenção e que só a assisti recentemente. Gostei do trabalho, mas achei ruim a ideia de ser um reboot e de ter os atores originais em contextos minúsculos; poderiam ter feito dele um spin-off mostrando a nova equipe – o que acho, teria sido bem mais aceito. O medo de Ghostbusters – Mais Além ser mais uma tentativa de apenas arrancar dinheiro de fãs sedentos por uma continuação me afastaram de início, até sua chegada recentemente às plataformas digitais.
Apostando na passada de bastão mencionada pelo diretor, temos uma nova equipe de Caça-Fantasmas que é literalmente nova, pois não temos adultos carregando as mochilas de prótons. Uma mãe solteira se muda para uma cidade do interior com seus dois filhos que acabam descobrindo que a herança deixada pelo avô é mais interessante e importante do que imaginavam.
A produção traz um elenco de peso, como Finn Wolfhard, de Stranger Things e Paul Rudd, o Homem-Formiga, além do retorno dos atores originais Bill Murray, Dan Ackroyd, Ernie Hudson, Annie Potts e Sigourney Weaver, reprisando seus papéis na franquia.
Ao longo das quase duas horas existem pequenas referências ao passado que me arrancaram alguns sorrisos, e quando digo passado, é a época dos anos 80 e não só aos filmes dos Caça-Fantasmas. O personagem de Paul Rudd representa os fãs nostálgicos da franquia e serve como um guia rápido para os mais novos (personagem e espectadores) explicando com muita empolgação algumas coisas.
A escolha do elenco mais novo foi perfeita, principalmente Mckenna Grace, que está irreconhecível no papel da pequena Phoebe e extremamente parecida com o avô dela!
Mais Além me trouxe aquela sensação de nostalgia, mas tem suas particularidades que o tornam interessante para aqueles que não conhecem a franquia, simplesmente pelo fato de ter o Finn Wolfhard no elenco, que mesmo depois de Stranger Things e IT, consegue fazer muito bem a cara de espanto ao ver coisas sobrenaturais.
As aparições do elenco original são pontuais e precisas para o enredo não se resumir somente a um easter egg. E fica a dica: existem cenas pós-créditos, então fiquem atentos.
Os efeitos especiais são modernos, mas não perdem o ar oitentista que o mantém dentro do clima da série. Em dados momentos jurava que usaram efeitos práticos e não só computação gráfica.
Em resumo, se você é fã das antigas ou se nunca assistiu nada de Caça-Fantasmas, eu recomendo que o assista. Se você assistiu só o de 2016, creio que vai achar estranho ele ter sido ignorado, mas esse é o sentimento de quem assistiu os originais e depois o de 2016. Fica a pedida do final de semana!
*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não remete necessariamente a posição do ANMTV.*
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